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Cidades

STF dá mais prazo e aldeias continuam sem plano de contenção da covid-19

Em Mato Grosso do Sul, 71 indígenas morreram em decorrência da doença

Tainá Jara | 21/11/2020 10:29
O ministro Luís Roberto Barroso (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O ministro Luís Roberto Barroso (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), prorrogou até a próxima segunda-feira, o prazo para que União apresente informações sobre a reelaboração do plano geral de enfrentamento e monitoramento da covid-19 para povos indígenas. Em Mato Grosso do Sul, 71 indígenas morreram em decorrência da doença.

A decisão, acolhendo pedido da AGU (Advocacia Geral da União), se deu no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, ajuizada no STF pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e por seis partidos de oposição ao governo.

No final de outubro, Barroso negou a homologação da segunda versão do plano apresentado pelo governo federal, por considerá-lo “genérico e vago”, o que inviabilizava o monitoramento de sua implementação, e determinou a elaboração de um novo, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a participação do Ministério da Saúde, da Funai (Fundação Nacional do Índio) e da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), a ser apresentado no prazo máximo de 20 dias.

No pedido de prazo adicional, a AGU relatou “situação imprevisível” gerada pelos ataques cibernéticos que prejudicaram o funcionamento dos sistemas do Ministério da Saúde, especialmente das atividades da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), comprometendo, dessa forma, o levantamento de dados essenciais para a confecção da nova versão do plano.

O distro sanitário indígena de Mato Grosso do Sul é o que possui maior incidência da doença e também número de óbitos. Foram 2774 casos registrados e 71 mortes. O Estado tem a segunda maior população indígena do País.

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