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Cidades

Transporte hidroviário é retomado no Rio Paraguai

Retorno das atividades hidroviárias promete desafogar o transporte rodoviário de cargas

Jhefferson Gamarra | 18/01/2022 16:35
Transporte de cargas feito pelo Rio Paraguai (Foto: Divulgação)
Transporte de cargas feito pelo Rio Paraguai (Foto: Divulgação)

Com recuperação de 21% do nível, a navegação pela hidrovia do Rio Paraguai foi retomada. O uso do modal para transporte de mercadorias atingiu condição crítica e precisou ser paralisado em setembro de 2021.

Dados da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), mostra que em Ladário a régua de medição do rio está em 107 centímetros, índice 21,5% maior que no mesmo período do ano passado, que estava em 88 cm. Já em Porto Murtinho, a estação apontou que o rio Paraguai está em 187 centímetros ou 7,4% acima do nível registrado em 18 de janeiro de 2021.

“A hidrovia é um eixo logístico de peso para o transporte de mercadorias do Estado. Por isso a importância da retomada da navegabilidade. O Governo teve a missão de transformar a hidrovia como um eixo logístico primordial para Mato Grosso do Sul”, pontuou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

Mesmo com a retomada, a situação da hidrovia, que permite a conexão com o Paraguai, Argentina e Bolívia ainda longe do ideal. “Nós precisamos que chova muito mais para ter uma recomposição plena dessa régua. O nível hoje é extremamente positivo, mas ainda baixo diante de anos anteriores”, avaliou o titular da pasta.

Com a liberação da hidrovia, a tendência é de que o transporte da soja de Porto Murtinho e das milhares de toneladas de minério que saem de Corumbá, voltem a ser transportadas pelo Rio Paraguai, que até então está sendo feita através das rodovias.

“Nós tivemos aí em função da paralisação da hidrovia, uma pressão muito grande em relação a todo o sistema rodoviário do Estado, seja da produção de soja, dado que Porto Murtinho também não conseguiu exportar os grãos e por outro lado todo problema que nós tivemos também na questão de exportação de minério”, lembrou Verruck.

Apesar da queda na navegação pela hidrovia, as instalações portuárias do Centro-Oeste apresentaram no ano passado uma forte movimentação. O Porto Gregório Curvo em Ladário, movimentou de janeiro a novembro 1,8 milhão de toneladas no comparativo com 2020. Já o Terminal Granel Química de Ladário foi responsável pelo transporte de 979 mil toneladas, um crescimento de 164,61% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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