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Cidades

Ação do Gaeco contra sonegação na venda de grãos prendeu 25 em MS

Maioria dos mandados cumpridos foi no Estado, em uma operação que envolve unidades da federação.

Marta Ferreira | 08/08/2018 15:51
Promotora Cristiane Mourão, do Gaeco, durante coletiva nesta tarde. (Foto: reprodução vídeo)
Promotora Cristiane Mourão, do Gaeco, durante coletiva nesta tarde. (Foto: reprodução vídeo)

Ao todo, 25 mandados de prisão foram cumpridos nesta quarta-feira em Mato Grosso do Sul como parte da Operação “Grãos de Ouro”, que investiga a sonegação de impostos envolvendo a comercialização de soja, um dos principais produtos do agronegócio no Estado.

Só em Campo Grande foram 13 prisões, incluindo funcionarios do fisco estadual e empresários do ramo de venda de cereais. No interior, foram 9 mandados de prisão em Chapadão do Sul, um dos municípios carros-chefes da produção rural no Estado, dois foram em Costa Rica e um em Itaporã. Foram feitas, ainda, 2 prisões em Cuiabá, no Mato Grosso, uma em Rio Verde de Goiás, duas em Presidente Prudente (SP) e uma em Rodeio Bonito, no Rio Grande do Sul.

Os mandados de busca e apreensão, 104 ao todo, também tiveram a maioria executada em Campo Grande, incluindo a casa e o local de trabalho de um funcionário da Assembleia Legislativa. Entre os presos, estão Foram 33 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, 21 em Chapadão do Sul e 11 em Costa Rica. Os outros foram em cidades Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás.

As informações foram divulgadas pela promotora Cristiane Mourão, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), responsável pela operação. De acordo com ela, a organização já vinha segundo investigada há 2 anos, a partir de uma constatação da Secretaria de Fazenda.

Desde 2016 - "A Sefaz denunciou a existência de um esquema de sonegação de impostos estaduais, principalmente ICMS e outros da comercialização de grãos produzidos em MS”, afirmou.

Segundo a promotora, as apurações mostraram que em Mato Grosso do Sul existe uma quadrilha com pessoas do estado e de gente de outros estados. “Eles se juntaram para fraudar o fisco estadual, principalmente nas operações envolvendo a venda de grãos produzidos em MS", afirmou.

Desde cedo, equipes de promotores e policiais militares foram às ruas dos sete Estados para cumprir também 104 de busca e apreensão desde as primeiras horas desta quarta-feira. Mais de 200 policiais participaram.

Os presos em Campo Grande foram levados para o Ptran (Presídio de Trânsito). Também há duas mulheres que foram para o presídio feminino. As prisões são preventivas, ou seja, sem prazo.

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