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Cidades

Agentes debatem precariedade de Uneis e programam greve

Redação | 02/12/2009 19:12

Agentes sócio-educativos das Uneis (Unidades Educacionais de Internação) do estado se reuniram hoje, às 8h30, na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, para a assembleia estadual.

Conforme Lilian Fernandes, presidente do Sindsad (Sindicato dos Servidores da Administração de MS), 164 servidores que trabalham em Uneis participaram da assembleia. Representantes das unidades da Capital, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã e Dourados estiveram na Fetems.

Um dos tópicos bastante discutidos na assembleia foi a situação de interdição a que está submetida a Unei Tia Aurora, em Três Lagoas. Como o prédio está interditado, todo reeducando que é apreendido na delegacia da cidade permanece cinco dias no lugar e se os policiais não conseguirem vaga, automaticamente ele acaba retornando à rua.

"Não importa o ato infracional praticado pelo reeducando, ele acaba solto. Isso tudo porque na Unei as condições de infraestrutura estão péssimas. Sempre que chove a água escorrer pelos ventiladores, lá dentro está um caos", frisa Lilian.

Na Unei Dom Bosco, por exemplo, foi inaugurado recentemente um ambulatório, mas há falta de médicos no local. Os agentes discutiram o que pode ser feito para melhorar essa situação.

Os agentes até pensaram em fazer uma greve agora no fim do ano, mas como há registro de muitos casos de fugas e motins de reeducandos nessa época, em consequência do Natal e Ano Novo, os servidores preferiram continuar trabalhando e zelando com os compromissos.

As fugas e os constantes motins e rebeliões foram amplamente debatidos na assembleia. Na Unei Dom Bosco estão internados 111 menores, onde cabem apenas 45. Quase todos os dias eles costumam se rebelar, de acordo com informações de agentes que ali trabalham.

A questão do adicional de risco de vida mereceu debates hoje, já que esse benefício foi cortado no ano passado pelo governo, quando o salário foi para subsídio.

"A maior revolta são as condições de salários. Hoje, um agente ganha oitocentos reais para trabalhar numa Unei. O adicional de risco de vida era 50% desse valor e agora foi cortado", questiona Lilian.

Ela explicou ao Campo Grande News que os agentes irão esperar 60 dias para que o governo do estado decida se reunir com eles e garantir o benefício. Caso contrário, uma greve será decretada no 61º dia, a contar de hoje. "

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