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Cidades

Apesar da greve na construção, obras seguem em ritmo normal na Capital

Aliny Mary Dias | 29/04/2014 11:11
Em residencial no Ramez Tebet, 100 operários trabalham normalmente
Em residencial no Ramez Tebet, 100 operários trabalham normalmente

A greve da construção civil entra no 7º  dia nesta terça-feira (29) e o levantamento do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário) aponta que 15 mil operários (50% dos 30 mil) cruzaram os braços na cidade. Por outro lado, o sindicato patronal rebate os dados e aponta que apenas 2 mil trabalhadores aderiram à paralisação e que há vários canteiros de obras com ações em ritmo normal.

A paralisação por melhores salários não parece estar próximo de um desfecho, já que em nova audiência entre o Sintracom e o Sinduscon (Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção), na tarde de ontem (28), não houve acordo.

O representante dos operários pede aumento de 15% no piso salarial de pedreiros e 10% na remuneração dos serventes. Por parte das empresas, a contraproposta é de aumento de apenas 7% no piso salarial.

O número anunciado pelos sindicalistas de uma paralisação de mais de 50% nas obras da Capital, no entanto, não reflete o cenário em muitos canteiros de obra. No Residencial Reinaldo Busanelli, no Bairro Ramez Tebet, os operários trabalham a todo vapor na fase final dos 768 apartamentos que compõem os 48 blocos.

A empresa responsável pela obra é a VBC Engenharia que atribui aos bons salários oferecidos aos funcionários a não adesão dos operários. “Nós pagamos acima do piso e ninguém parou de trabalhar. Nossas obras estão em ritmo normal e está tudo dentro do cronograma”, conta a arquiteta Camila Busanelli.

Obras do Residencial terminam em junho (Foto: Cleber Gellio)
Obras do Residencial terminam em junho (Foto: Cleber Gellio)
No Aquário do Pantanal é possível encontrar operários trabalhando (Foto: Cleber Gellio)
No Aquário do Pantanal é possível encontrar operários trabalhando (Foto: Cleber Gellio)

O mestre de obras Manoel Nascimento, também integrante do quadro de 100 operários, explica que houve mobilização por parte do sindicato na última quarta-feira (23), data de início da greve, mas que nenhum funcionário aderiu.

“Eles entregaram panfletos, vieram com carros de som, falaram com algumas pessoas, mas ninguém quis parar. Eles nem saíram do canteiro, aqui nós somos bem pagos e não vemos motivo para entrar em greve”, explica o mestre de obras.

Aquário – Nas obras do Aquário do Pantanal, na Avenida Afonso Pena, apesar de o sindicato dos operários também estimar adesão de 80% dos operários, o que se vê na manhã de hoje (29) são homens trabalhando.

Na obra, os responsáveis afirmaram não estarem autorizados para falar com a reportagem, no entanto, a assessoria do Governo do Estado confirma que as obras estão em ritmo normal.

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