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Cidades

Após denúncia, casa de agente é atingida por granada

Redação | 04/07/2009 07:04

Um integrante do Sindicato dos Agentes Federais de Mato Grosso do Sul, que denunciou gravações ilegais de imagens de visitas íntimas no Presídio Federal de Campo Grande, sofreu um atentado nesta madrugada.

O agente, que não quis se identificar, temendo represálias, teve seu quintal atingido por uma granada, e a explosão causou danos no veículo e na casa da família. Entretanto, ninguém ficou ferido.

O fato ocorreu por volta das 2h15, na rua Guarapari, vila Sobrinho, em Campo Grande. Um veículo Fiat Pálio, que estava estacionado no quintal da residência, ficou danificado.

A maior parte dos vidros da casa foi quebrada e os pneus do carro também foram atingidos.

A granada, utilizada no atentado, estava cravejada de pregos, que atingiram o veículo e chegaram a ficar fincados no retrovisor do Pálio.

O agente federal, proprietário da residência, afirmou a granada é de efeito moral e de propriedade de um órgão público, devido a uma capa de borracha que reveste o artefato.

Ele afirma estar sofrendo repressões por parte da direção do presídio, por conta das denúncias de irregularidades envolvendo a gravação das visitas íntimas.

A Polícia Federal investiga a gravação ilegal destas imagens no Presídio Federal de Campo Grande. Vídeos foram apreendidos em dezembro do ano passado na residência de agentes penitenciários federais, mas só agora o teor foi confirmado.

Não há justificativa oficial para a gravação feita em ambiente não permitido pela legislação brasileira. A investigação corre em sigilo.

O Campo Grande News apurou que equipamentos profissionais foram instalados nas salas de visita íntima, onde os presos recebem as esposas e namoradas.

O sistema de monitoramento usado indica que o processo de instalação não ocorreu do dia para noite, o que levanta a suspeita de que a administração do presídio tinha conhecimento sobre o fato.

O procedimento teria sido usado para evitar a articulação de ações do crime organizado fora da unidade penal, que é tida como modelo de segurança máxima no País.

No local estão, além do traficante Fernandinho Beira-Mar, chefes e integrantes de milícias cariocas como a "Liga da Justiça". Até agosto do ano passado, o traficante colombiano Juan Carlos Abadia também cumpria pena no presídio federal.

A investigação sobre as imagens já avançou, inclusive com indicação dos suspeitos pela instalação dos equipamentos e operacionalização do sistema.

Entretanto, os nomes não são divulgados nem o tempo em que o sistema funcionou na unidade.

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