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Cidades

Após proibição na escola, menina "quer ser menino"

Redação | 17/12/2009 10:25

Aos 2 anos e 8 meses de idade, Isa resolveu que não "quer mais ser menina", porque é chato. A "decisão" veio depois de uma experiência triste na escola onde estudava até novembro, em Três Lagoas. Disposta a jogar futebol com os colegas, a menina foi proibida pela direção e teve como única saída fazer balé.

A postura da escola revoltou os pais e criou uma confusão na cabeça da criança, conta a mãe Fabrina Martinez, uma jovem jornalista. "Foi muito grave. Uma escola não pode pregar esse tipo de segregação", comenta. "Mãe, porque eu sou menina se não gosto de balé. não posso mais ser menina?", foi uma das perguntas da menina depois do episódio.

Isa também passou a repetir frases que deixam os pais preocupados, diz a mãe. "Ela pergunta porque é diferente, porque é assim e repete que quer ser menino "porque é mais legal" e que "menina de verdade não joga futebol", reproduzindo o que ouviu na escola.

O esmalte nas unhas, "rotina de beleza" de Isa, passou a incomodar a menina. Um dia, ao sair com os pais para jogar bola, pediu apra a mãe tirar.

Depois da "crise", Isa continua adorando bonecas, bichinhos, o quarto cor-de-rosa, histórias de princesas, e com a vaidade de uma criança de 2 anos e 8 meses, mas cheia de dúvidas.

A reação da escola que deu origem aos questionamentos da menina ocorreu quando Isa resolveu trocar o balé pelo futebol. "Um dia ela chegou em casa e disse que queria jogar. Coloquei então short, tênis e camiseta do Brasil na mochila e avisei que naquele dia ela não queria fazer aula de balé e sim de futebol", conta a mãe.

A jornalista lembra que advertiu a funcionária que a atividade só deveria ser alterada, caso Isa mudasse de idéia e decidisse novamente pelo balé. "Ela olhou é ainda disse assim: se é o que vocês querem".

Ao buscar a filha na escola, Fabrina ficou surpresa ao ver a menina "intacta", sem nenhum dos sinais naturais de quem correu durante uma partida de futebol. Ao questionar a professora, a resposta foi como uma bordoada. "

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