Baixa do Rio Paraguai prejudica donos de embarcações
Não é só o escoamento de produtos em barcaças que está comprometido com a baixa do Rio Paraguai, em Corumbá. Embarcações menores, que levam turistas, também enfrentam problemas para transitar e algumas até já quebraram.
Há 34 anos nesse ramo, a proprietária da empresa La Barca, Nelida Assuncion Gómez Benites, afirma que é a primeira vez que vê o rio em um nível tão baixo.
Informações do Serviço de Sinalização Náutico mostram que o nível está na casa de 1,14 metro na régua, quando o mínimo para navegação de grandes embarcações é de 2,02 metros
A margem do rio recuou 10 metros. O resultado é que uma das quatro embarcações da empresária quebrou o leme e o eixo da hélice. Nelida diz que a situação é atípica porque neste período costuma chover.
Ela afirma que a seca geralmente ocorre no inverno. Nesta manhã choveu de forma intermitente no município.
"Desde o dia 31 não chovia", diz a empresária. A reversão dessa situação está diretamente ligada aos rios Cáceres e Cuiabá, que deságuam no Rio Paraguai. O nível do rio começou a baixar em outubro do ano passado.
O escoamento de minérios de Corumbá é o mais prejudicado com o nível baixo. As mineradoras suspenderam a produção, devido ao cenário de crise, mas se retomassem neste momento o escoamento estaria comprometido por conta do baixo nível do rio.