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Capital

“Boom de empregos” e salários põem Capital com o melhor IDH de MS

Aliny Mary Dias | 29/07/2013 16:06
Capital tem o maior Índice de Desenvolvimento Humano de Mato Grosso do Sul (Marcos Ermínio)
Capital tem o maior Índice de Desenvolvimento Humano de Mato Grosso do Sul (Marcos Ermínio)

Campo Grande é a cidade com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de Mato Grosso do Sul, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Brasil). Eles apontam que a Capital chegou ao índice de 0,784 e registrou um aumento de 71,9% na renda per capita. Líder desde 1991, a cidade mantém a liderança graças ao "boom" na geração de empregos e no aumento do salário mínimo.

Segundo o levantamento, que leva em conta os dados do ano de 2010, a renda per capita dos campo-grandenses passou de R$ 633 em 1991 para R$ 782 em 2000 e, por fim, na última pesquisa a renda foi de R$ 1,089 mil.

A Capital sempre liderou o ranking estadual desde que os dados começaram a ser coletados e analisados pelo PNUD em 1991. De acordo com o último balanço do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em junho deste ano, Campo Grande gerou 414 novos postos de emprego. A Capital só ficou atrás de Três Lagoas que vive um crescimento por conta das indústrias instaladas na cidade.

Para o sociólogo Paulo Cabral, o aumento na renda per capita se deve à política nacional de manter o aumento do salário mínimo acima da inflação e pelo crescimento dos postos de trabalho.

“Com o desconto da inflação, o crescimento da renda pode chegar a 22% e é um aumento considerável. Essa crescente pode ser atribuída ao crescimento do salário mínimo com a política nacional a partir de 2002 e o aumento das taxas de empregos”, afirma o sociólogo.

Segundo a pesquisa divulgada hoje, a parcela da população considerada extremamente pobre caiu de 3,19% em 1991 para 0,99% em 2010. Outro dado apontado pelo levantamento é a taxa de ocupação dos campo-grandenses.

Atualmente, 73,8% da população é economicamente ativa o que representa 383 mil pessoas com empregos. Os desocupados de Campo Grande chegaram a 33,3 mil pessoas em 2010. Dos moradores com mais de 18 anos, 5,89% estão desocupados.

De acordo com a pesquisa, a esperança de vida do campo-grandense é de 75,6 anos, cinco anos a mais do que o registrado no ano 2000.

Um dos fatores que influencia o resultado do IDH é a escolaridade. O percentual de crianças de 5 a 6 anos que frequentam a escola chegou aos 95%, o índice também é expressivo entre crianças de 11 a 13 anos que concluíram ou estão nos últimos anos do ensino fundamental, 91,1% se encaixam nesse perfil.

Se comparados com os números do levantamento anterior, todos os índices da Capital subiram. No entanto, o percentual de jovens da faixa etária entre 18 e 20 anos que concluíram o ensino médio continua abaixo dos outros níveis escolares. Apenas 38,3% dos jovens concluíram o segundo grau.

Piores resultados – Há 10 anos na última colocação do ranking do IDH no Estado, Japorã, a 487 quilômetros de Campo Grande, amargou mais uma vez a posição. O índice da cidade em 2010 é de 0,526.

A renda per capita dos moradores da cidade também é a pior de Mato Grosso do Sul, o salário dos japorenses foi de R$ 241 em 2010. Segundo o sociólogo, a permanência da cidade como pior IDH do Estado há mais de 10 anos se deve ao perfil dos moradores.

“Cerca de um quarto da população é indígena e eles possuem a maior população de índios de forma relativa no Estado. É ma situação histórica que precisa de planejamento para ser alterada”, completa Cabral.

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