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Capital

“Depois de tanto tempo, espero por Justiça”, diz vítima que ficou paraplégica

Claudenilson Alves da Costa foi atingido por um tiro nas costas depois de uma discussão

Bruna Pasche | 09/11/2018 12:10
Vítima Claudenilson Alves da Costa (Foto: Henrique Kawaminami)
Vítima Claudenilson Alves da Costa (Foto: Henrique Kawaminami)

Rodrigo Lopes de Souza, de 28 anos, foi a júri popular na manhã desta sexta-feira (09), por envolvimento em uma tentativa de homicídio ocorrida em 2012. Em um primeiro julgamento, ele havia sido absolvido, no entanto, o Ministério Público recorreu pedindo a anulação da decisão. Acompanhando o depoimento, a vítima, Claudenilson Alves da Costa, disse que espera por Justiça após seis anos.

O crime aconteceu no dia 20 de abril de 2012, em um bar no bairro Nova Lima. Claudenilson contou que estava no local bebendo com um amigo identificado como Zé Domingues, quando Mauro Ozan chegou e passou a mão em sua bunda. Os dois começaram a discutir e Kaique Bruno Souza, filho de Mário o golpeou na cabeça com um taco de sinuca. Mário ainda teria dito para Kaique “terminar o que ele começou”.

“Nisso, eu e o Zé pegamos a moto para ir para o posto porque abriu minha cabeça, mas no caminho fomos alcançados por Kaique e Rodrigo que também estavam de moto. Tem algumas teorias de que eles foram para matar nós dois, mas como eu sou grande e o Zé pequeno, eu meio que escondi ele e parece que a arma falhou também, por isso só um tiro foi dado”, contou.

Rodrigo Lopes de Souza, de 28 anos (Foto: Henrique Kawaminami)
Rodrigo Lopes de Souza, de 28 anos (Foto: Henrique Kawaminami)

A vítima foi atingida por um tiro nas costas. Apenas o calor da bala desferida lesionou sua medula e o deixou paraplégico, além de ter afundamento de crânio e ficar internado uma semana.

Durante seu depoimento, Rodrigo disse que não sabia que Kaique tinha intensão de matar Pézao, como é conhecida a vítima. “Eu combinei com o Kaique da gente ir beber em uma conveniência e passei no bar para pegar ele. No dia eu estava com uma arma e falei para a gente passar em casa para deixar porque estava me machucando na cintura, mas ele falou que levava. Por acaso nós passamos pelo Pézão e o Zé na moto, eu ouvi um tiro, mas não sabia da onde era e fui embora”, disse.

Questionado sobre o porquê ter deixado Kaique três quadras depois e não ter ido para a conveniência, já que não sabia do tiro, ele não soube responder. Rodrigo disse ainda que precisou inventar uma história para a polícia porque foi pego pelos agentes por volta das 15h no serviço e apanhou até às 22h para confessar.

Kaique foi condenado por tentativa de homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe a 8 anos e 8 meses no dia 9 de agosto de 2016. Neste julgamento, Rodrigo foi absolvido, no entanto, o MP entrou com recurso pedindo a anulação do julgamento em relação ao Rodrigo por entender que a absolvição é manifestamente contrária à prova dos autos. Já a Defesa entrou com recurso pedindo a absolvição do Kaique.

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