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Capital

“Tinha medo dele”, diz réu que matou vítima em porta de condomínio

Crime aconteceu no dia 28 de fevereiro do ano passado, no condomínio Nova Lima II, na Rua Zulmira Borba, região norte

Viviane Oliveira | 10/05/2018 10:53
Anderson durante julgamento que começou na manhã desta quinta-feira (Foto: Saul Schramm)
Anderson durante julgamento que começou na manhã desta quinta-feira (Foto: Saul Schramm)

Durante julgamento no Tribunal do Júri, Anderson Antônio de Brito Júnior, 19 anos, disse que matou Breno da Motta Marinho, 21 anos, porque tinha medo dele, pois havia sido jurado de morte. Os dois tinham uma briga desde quando eram crianças.

O crime aconteceu por volta das 10h do dia 28 de fevereiro do ano passado, no condomínio Nova Lima II, na Rua Zulmira Borba, no Bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande. O pai do réu, Anderson Antônio de Brito, 42 anos, chegou a ser acusado de dar cobertura ao filho na época, mas foi inocentado por falta de provas.

Conforme Anderson, comprou a arma por R$ 200 para se defender. No dia do crime, foi até a casa da avó, no Nova Lima, mesmo bairro em que a vítima morava, e levou o revólver calibre 32. Já na residência da avó, o réu encontrou com o desafeto que teria feito sinal o ameaçando. Ele, então, foi ao encontro de Breno para conversar e durante o diálogo a vítima teria confirmado que o mataria.

Armado, o acusado sacou revólver da cintura e disparou pelos menos seis vezes, segundo a denúncia. A vítima tentou escapar, porém foi atingida com tiro nas costas e no antebraço. Breno foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu. “Atirei porque fiquei com medo dele. Não me lembro quantos disparos foram”, afirmou.

Anderson, o pai do réu, presenciou o crime. Ele disse que inicialmente não sabia que o filho estava armado. “Ele saiu dizendo que apenas ia conversar com Breno. Os dois se conheciam desde criança. “Se soubesse tinha tirado a arma dele. Não sou louco em deixar meu filho armado por aí”, lamentou. O resultado do júri deve ser divulgado no começo da tarde de hoje. 

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