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Capital

Vítima há 5 anos, adolescente denuncia pai por estupro no Noroeste

Viviane Oliveira e Julia Kaifanny | 08/08/2016 12:04
O caso foi registrado no último sábado na Casa da Mulher Brasileira, mas deve ser investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto: arquivo/Marcelo Calazans)
O caso foi registrado no último sábado na Casa da Mulher Brasileira, mas deve ser investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto: arquivo/Marcelo Calazans)

Vítima de violência sexual desde 2011, uma adolescente de 15 anos procurou no último sábado a Casa da Mulher Brasileira para denunciar o pai de 36 anos, que além de cometer estupro ainda ameaçava a garota de morte, se caso fosse denunciado à polícia. A menina pediu medida protetiva com urgência contra o agressor.

Em dezembro do ano passado, a garota com a ajuda de uma tia procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para denunciar o pai, mas foi impedida pela mãe de registrar o boletim de ocorrência. “Ela disse que ele não poderia ser preso e que era mentira minha”, lamenta a menina.

A garota morava na casa, no Jardim Noroeste, com os pais e os dois irmãos de 13 e 14 anos. Toda vez que a mãe ia para o trabalho e os meninos para a escola, a violência acontecia, quase que diariamente. “Ele entrava no meu quarto, me obrigava a tirar a roupa e tocava no meu corpo”.

Por parte de mãe, a menina tem mais quatro irmãs que não moravam na residência. A adolescente só conseguiu denunciar o caso depois que uma das irmãs mais velha, de 22 anos, separou do marido e foi morar na casa dela.

“Ele ficou seis meses sem tentar nada, quando foi na quinta-feira (4), minha irmã foi procurar emprego e ele aproveitou que a gente estava sozinho para entrar no meu quarto”, conta. A jovem chegou no momento em que o pai apalpava o corpo da menina.

Nervoso com a situação, o homem saiu do quarto sem falar nada. A vítima aproveitou e contou para a irmã que há anos vinha sofrendo com os abusos cometidos pelo pai. Sem que a mãe soubesse, a jovem alugou uma residência e depois de tirar a menina de casa procurou a polícia. “Não sei se ele foi preso, mas pedi medida protetiva, pois tenho medo dele”, diz a vítima. Não foi informado pela polícia se o suspeito foi detido. 

O caso foi registrado na Delegacia da Mulher, mas deve ser encaminhado para a DEPCA (Departamento Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). A menina passou por exame de corpo de delito e por atendimento psicossocial.

Estupros - Apesar do número alto, os casos de violência sexual contra mulheres diminuíram 7% nos primeiros seis meses, na comparação com o mesmo período do ano passado, no Estado. Em 2016, foram registrados 576 casos de violência sexual e, em 2015, foram 625. Os dados são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública)

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