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Capital

Acusado de cárcere ficava sem tomar banho e obrigava mulher a fazer sexo

Michel Faustino e Alan Diógenes | 05/12/2014 16:44
Acusado de manter mulher, filha e enteado em cárcere privado foi apresentado na tarde de hoje (Foto: Alcides Neto)
Acusado de manter mulher, filha e enteado em cárcere privado foi apresentado na tarde de hoje (Foto: Alcides Neto)
Segundo delegado, vítima sofria todo tipo de violência há mais de 1 ano. (Foto: Alcides Neto)
Segundo delegado, vítima sofria todo tipo de violência há mais de 1 ano. (Foto: Alcides Neto)

O segurança Rafael Ribeiro Amorim, 24 anos, acusado de manter a esposa, a filha de dois meses e o enteado de dois anos em cárcere privado, no Jardim Monumento, foi apresentado na tarde de hoje (05) na 4ª Delegacia de Polícia da Capital. De acordo com o delegado Thiago Macedo, a vítima relatou que o segurança ficava de três a quatro dias sem tomar banho e a obrigava a praticar sexo oral nele a fim de humilha-lá.

Segundo o delegado, Cristiane Simone de Oliveira Caio, 25 anos, disse que vivia com o segurança há cerca de dois anos e há aproximadamente um ano e meio ela passou a ser vítima constante de violência doméstica, como agressões físicas, psicológicas e até mesmo abusos sexuais.

Em seu depoimento, Cristiane disse que o casal precisou mudar da cidade de Chapadão do Sul, onde viviam, para Campo Grande devido a queixas e denuncias dos vizinhos que presenciavam as agressões sofridas por ela.

Ela relatou ainda que a situação começou a se agravar nos últimos 30 dias. Segundo ela, desde domingo ele não a deixava sair e a vigiava constantemente. Neste mesmo dia ele a agrediu e tentou asfixiar a filha de dois meses com o travesseiro. Preocupada, a mulher enviou um SMS a uma vizinha que, por sua vez, fez com que a mensagem chegasse a polícia.

De posse das informações, a polícia foi ao local denunciado ontem, onde encontrou o autor, a vítima, o bebê e um garoto de dois anos, filho da mulher de outro relacionamento. Rafael foi preso em flagrante e levado para a delegacia. Durante o registro da ocorrência, atacou um dos investigadores com um soco.

O delegado disse que o caso surpreende pelos resquícios de crueldade e humilhação. Até mesmo pelo fato de Rafael ser extremamente agressivo.

“Nós ficamos surpresos com isso. Pelos relatos dela imaginamos o que ela passou. Ele é um homem de 1m90 de altura e ela uma mulher de menos de 1m60. A própria mulher disse que era impossível viver com ele, que ele era muito agressivo que até tentou matar o pai a facadas”, disse.

Conforme o delegado, Rafael ficará detido no presidio de transito até a conclusão do inquérito que deve ser feito em até dez dias. Ele vai responder cárcere privado qualificado, pois a vítima foi a própria convivente, violência de gênero e lesão corporal contra um policial.

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