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Capital

Acusado de matar jovem por dívida de droga é condenado a 9 anos

Crime ocorreu no Jardim Tijuca, em setembro de 2017; Naor da Silva do Prado, de 23 anos, foi morto a tiros

Dayene Paz | 28/04/2022 16:46
Isaac durante depoimento, por videoconferência, ao juiz Carlos Alberto Garcete nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)
Isaac durante depoimento, por videoconferência, ao juiz Carlos Alberto Garcete nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)

Isaac Mendes da Silva, de 23 anos, acusado de matar Naor da Silva do Prado, 23 anos, conhecido como Maranhão, em setembro de 2017, passou por julgamento e foi condenado a nove anos de prisão, nesta quinta-feira (28). Ele se disse arrependido do crime, quando foi ouvido por vídeoconferência, pois estava viajando a trabalho.

Isaac foi denunciado pelo crime de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores, pelo fato de estar com um adolescente no dia do crime. A Conselho de Sentença o condenou pelo homicídio e porte ilegal a nove anos de prisão em regime fechado, também a 10 dias-multa. Pelo crime de corrupção de menores, foi absolvido.

O caso aconteceu no dia 23 de setembro de 2017, por volta das 11h30, na Rua do Acauã, no Jardim Tijuca, em Campo Grande. Isaac contou que no dia do crime, o adolescente o chamou para ir até a casa da vítima após vender drogas para Naor. A vítima comprou R$ 50 de entorpecente e pagou com uma nota de R$ 100.

O menor descobriu que a nota era falsa ao tentar comprar com o dinheiro no mercado. Revoltado, chamou Isaac para ir à casa da vítima. No local, os dois foram recebidos por Naor e foram convidados para entrar. Durante a conversa, o adolescente e Naor começaram a discutir em voz alta.

Segundo Isaac, o  tempo todo a mulher de Naor, que também estava na casa, batia com uma faca na mesa, foi quando ele fez os disparos. “Eu estava com a arma, revólver calibre 38. Disparei porque fiquei com medo dele pegar a faca que estava com a mulher dele e vir para cima da gente. Acho que dei uns três tiros, não sei qual a distância, foi tudo do nada, coisa muito rápida”, contou.

Isaac contesta a denúncia do Ministério Público de que ele estava escondido atrás de um muro e saiu de repente atirando na vítima. Sobre a arma, o réu afirma que era do adolescente e apenas no dia foi até o local carregando o revólver. “Fui com a arma porque ele [o adolescente] mandou eu ir, a gente conversava muito, ele gostava de andar comigo, foi quando me chamou pra ir com ele e pediu para levar a arma". Após o crime, os dois fugiram de bicicleta.

Atualmente, Isaac mora com a esposa e o enteado em Itapecuru-Mirim, no Maranhão. Ele trabalha em empresas de linhas de transmissão de internet viajando pelo Brasil. Ao prestar depoimento nesta manhã, o rapaz estava a trabalho em Rio Claro, município do interior de São Paulo.

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