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Capital

Adolescente que fugiu de Unei estava no local há apenas duas semanas

Família diz que não sabe onde está o garoto, que tem envolvimento com drogas desde os 14 anos

Paula Maciulevicius e Mariana Lopes | 19/02/2013 14:27
“O interesse maior de saber onde está meu filho é meu. São eles que têm que devolver meu filho, ele estava lá dentro, com eles”, declara a mãe. (Foto: Simão Nogueira)
“O interesse maior de saber onde está meu filho é meu. São eles que têm que devolver meu filho, ele estava lá dentro, com eles”, declara a mãe. (Foto: Simão Nogueira)

Os familiares do adolescente que fugiu da Unei (Unidade Educacional de Internação) Novo Caminho, no bairro Los Angeles, na manhã de domingo, dizem que não sabem do paradeiro do garoto. A mãe dele, uma bibliotecária de 40 anos, disse ao Campo Grande News que ele tem 17 anos e não 16, como noticiado anteriormente e que estava na unidade há duas semanas, por envolvimento no roubo de uma caminhonete.

O adolescente foi apreendido com outros dois garotos em Sidrolândia. Segundo a mãe, a intenção do trio era de vender o veículo na região. Ela chegou a ir para o município, mas só conseguiu ver o filho depois que ele foi transferido para a unidade.

Nas duas semanas em que permaneceu na unidade, a bibliotecária visitou o adolescente seis vezes, mas disse que não sabe onde ele está e que ele não tem filho, justificativa que havia sido repassada pela administração da unidade para a fuga do garoto.

A mulher conta que veio a saber que o filho tinha fugido as 9h da manhã de domingo, três horas depois de ele ter pulado o muro da unidade. “Eu não sei onde ele está e não consigo entender como que eles conseguem fugir da Unei. O interesse maior de saber onde está meu filho é meu. São eles que têm que devolver meu filho, ele estava lá dentro, com eles”, declara a mãe.

No domingo, a mãe relata que passou o dia todo andando de motocicleta pela cidade em busca do filho. Na unidade, a informação que ela teve foi de que o menino fugiu na garupa de uma bicicleta. A bibliotecária afirma que só manteve contato com a administração da unidade nesta segunda-feira, quando perguntaram se o filho dela havia aparecido.

Os problemas com o garoto começaram há cerca de três anos, quando ele começou a se envolver com drogaa, aos 14 anos. O adolescente completa 18 em junho.

“Acredito que ele mexa com tráfico, não sei ao certo o que ele faz, ele não conversava”. Segundo repassado pela Unei para a mãe, quando o adolescente retornar terá seis meses a mais do que já tem para cumprir na unidade.

Com o sentimento de mãe, preocupada por não saber onde o filho está, ela descreve que esta foi a primeira vez que ele foi preso, mas que começou a perceber que o filho estava lindo com crimes quando surgiu dinheiro em casa.

Ela chegou a procurar a ajuda da promotoria da Infância e Juventude e anotava as placas dos veículos de cada carro que passava para pegar o garoto. “Era cada dia um carro diferente, teve um dia que segui ele de moto, 2h da manhã e ele foi até uma boca de fumo no Tiradentes”, relata.

O medo piorou quando apareceu a desconfiança de que por trás havia um traficante de alto escalão. “E eu era sozinha”, completa. “Acho que o problema maior não foi nem o vício, mas a ganância de ganhar dinheiro com tráfico”, finaliza.

O adolescente ainda não foi localizado até a tarde desta terça-feira.

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