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Capital

Advogada será transferida após ser presa por suspeita de articular golpe

Emmanuelle Alves Ferreira da Silva pode ter articulado golpe milionário envolvendo a negociação de uma propriedade rural em Tangará da Serra (MT)

Adriano Fernandes | 30/07/2018 21:20

A advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, presa nesta tarde (30) sob suspeita de participação em um golpe contra um idoso, morador do Rio de Janeiro, será transferida para a Sala de Estado Maior da Companhia de Guarda e Escolta. Um direito de todos advogados da ordem.

O pedido havia sido feito pela Comissão de Defesa e Assistência às Prerrogativas dos Advogados da OAB-MS, à Vara Militar de Campo Grande, após a prisão. “A fim de garantir a Sala de Estado Maior, houve o deferimento dessa prerrogativa, garantindo assim o direito da Advogada”, diz a instituição em nota oficial.

No dia 12 de junho deste ano, a OAB/MS abriu o procedimento ético disciplinar contra a profissional para apurar a participação da advogada em um golpe milionário envolvendo a negociação de uma propriedade rural em Tangará da Serra (MT).

"A Ordem reafirma seu compromisso com a ética dos seus profissionais e o incessante combate à corrupção", conclui o orgão.

Golpe

Emmanuelle é mulher do juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, da 5ª Vara de Sucessões da Capital. Ela foi investigada pela Polícia Civil junto com três pessoas que já haviam sido detidas, sendo apontada como articuladora do esquema.

Conforme as acusações, Emmanuelle foi citada como advogada do suposto proprietário da fazenda, que executou a vítima e usava o nome falso de João Nascimento dos Santos –tratando-se, na verdade, de José Geraldo Tadeu de Oliveira.

O negócio teria sido fechado com base em promissórias que usavam assinaturas falsas da vítima. Até os carimbos do cartório foram falsificados, conforme apontam as investigações. A vítima descobriu o golpe no fim de 2017, quando foi alvo de bloqueio na ordem de R$ 5,5 milhões.

Ele acionou sua advogada a fim de apontar a fraude. Contudo, um recurso derrubou o bloqueio e direcionou o dinheiro para uma conta que pertenceria à advogada investigada. Os valores foram distribuídos em outras contas bancárias.

José Geraldo foi preso ao lado de Delcinei Custódio e Ronei Pécora por suspeita de tentarem transferir parte do dinheiro para outra conta. Nesta segunda-feira, a Justiça confirmou o pedido de prisão preventiva contra Emmanuelle.

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