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Capital

Agentes penitenciários federais “param” por novas convocações e mais segurança

Trabalhadores relembram assassinatos de três funcionários nos últimos dois anos

Danielle Valentim e Bruna Kaspary | 04/05/2018 12:49
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Cerca de 250 agentes penitenciários federais paralisaram os trabalhos em Campo Grande nesta sexta-feira (4) na tentativa de marcar reunião com o ministro de segurança pública Raul Jungmann. Entre reivindicações, estão a convocação de novos agentes e a implantação de protocolo de segurança, após assassinatos de três funcionários.

“A paralisação é nossa última alternativa. Fizemos reuniões mensais em Brasília, mas não fomos atendidos. De 2016 para cá, três funcionários foram mortos. Em agosto de 2016, um agente de Cascavel, em março de 2017 outro agente foi morto em Mossoró e em maio do mesmo ano, um atentado matou uma psicóloga em Cascavel e baleou seu marido na frente do filho, que também estava no carro”, lembra o vice-presidente do sindicato do agentes penitenciários de MS.

O agente pontua que investigação da própria Polícia Federal, na época, identificou que os assassinos nos três casos eram da mesma facção. Ele explica que, desde o último atentado, os agentes pedem o protocolo de segurança, porque todos estão sendo ameaçados de alguma forma. “Além do pedido de protocolo de segurança, a paralisação pede a convocação de 160 agentes, que já estão formados”, explica.

Foram gastos R$ 12 milhões em cursos de formação para os novos agentes, que não foram chamados até agora, lembra o sindicalista. “Estava marcada para março a inauguração do 5º presídio federal, em Brasília, mas foi adiado, principalmente, por não ter contingente necessário para atender a unidade”, finaliza.

Novas paralisações já estão marcadas para o dia 9 e 10 de maio, caso uma reunião com o ministro de segurança pública não seja marcada. Em Campo Grande, 250 agentes paralisaram nesta sexta-feira.

Outros pontos - A discussão imediata inclui novo modelo de execução penal que leve em consideração todos os fatores que inviabilizam a execução penal no Brasil, como o fim do loteamento dos cargos no Depen, discussão para elaboração de uma política que venha de encontro à crise penitenciária para a redução dos custos carcerários, retomada das discussões sobre a criação da Polícia Penal aprovada por unanimidade no Senado Federal, criação dos Departamentos Federal e Estadual de Execução Penal e a efetivação da garantia da individualização da pena.

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