Ameaças a jornalistas têm de ser combatidas com rigor, diz sindicato
Para o Sindjor-MS (Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul), agressões ou qualquer atitude de ameaça contra jornalistas ou donos de veículos de comunicação devem ser punidas com rigor.
A presidente do sindicato, Marta Ferreira, prestou solidariedade ao empresário e jornalista Lucimar Couto, dono do Campo Grande News, que na manhã desta sexta-feira (5) foi ameaçado de morte e agredido verbalmente pelo empresário Fabrício Freitas, 41, proprietário da empresa Planeta ABC Soluções em Educação, suspeita de irregularidades em licitações investigadas na Operação Toque de Midas, da Polícia Federal.
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“O STF [Supremo Tribunal Federal] acabou de dar uma decisão histórica vetando a retirada de um blog do ar por entender que a imprensa não deve sofrer censura. Nós, do Sindjor, entendemos, também, que qualquer atitude de ameaça a jornalistas, donos de veículos, relacionada ao conteúdo veículo, deve ser denunciada, combatida e punida com rigor”, afirmou Marta.
Agressão – Nesta sexta-feira, dois dias após notícias sobre a operação serem publicadas pelo jornal, Freitas chegou à sede do Campo Grande News pedindo para falar com o diretor. Minutos depois foi atendido e, já na sala da diretoria, passou a ameaçar Lucimar Couto.
Aos berros, Freitas dizia repetidamente que pretendia matar o dono do jornal. “Vou meter uma bala na sua cara”, disse.
Foi quando ele partiu para cima do diretor e chegou a derrubar o computador da mesa, momento em que foi contido pelo gerente da empresa, Samuel Echeverria, e outros funcionários.
A PM (Polícia Militar) foi chamada e levou Freitas à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. O dono do jornal, o gerente e uma funcionária ferida foram à delegacia para prestar queixa.
A empresa de Freitas é suspeita, segundo a Polícia Federal, de integrar esquema para fraudar licitações de compras de livros didáticos e kits escolares à prefeitura de Paranhos, município 469 km ao sul de Campo Grande.