Antes de acordo, Servan quer que HU pague dívida de R$ 1 milhão
A Servan, serviço de anestesiologia que engloba 97% dos profissionais da área em Campo Grande, estabeleceu como primeira condição para normalizar o atendimento no Hospital Universitário a quitação da dívida pelo HU. Na tarde de hoje (25), a Justiça Federal promoveu a segunda audiência de conciliação entre as partes e o Ministério Público Federal.
Conforme o advogado da Servan, André Borges, o HU deve R$ 1 milhão à empresa. “Estamos sem receber desde novembro. Pagar seria um primeiro passo”, afirma. O hospital alega não ter condições de pagar, devido aos “preços abusivos” praticados pela Servan, além de haver uma proibição do TCU (Tribunal de Contas da União).
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Borges, por sua vez, rebate que é “injusto” a remuneração pelo serviço com base na tabela SUS. “Para se ter uma idéia, a tabela SUS paga R$ 8 por uma consulta, não dá para aceitar isso”. Uma consulta pela tabela CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), acrescenta o advogado, sai por R$ 60, a título de comparação com o SUS.
Adotar os valores da CBHPM é a segunda condicionante elencada pela empresa para firmar um acordo. “Se o HU acatar esse pedido, acaba o processo”, afirma Borges.
A advogada do AGU (Advocacia Geral da União), que representa o Hospital Universitário, Adriana de Oliveira Rocha, afirmou não poder conceder entrevistas à imprensa.
A audiência foi mediada pelo juiz Pedro Pereira dos Santos, da 4ª Vara Federal de Campo Grande.
Até o fechamento desta reportagem, o encontro, que começou às 14h30, não havia terminado.