ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Após anúncio, reunião traça estratégias para liberação de mosquito modificado

A primeira fase deve ser iniciada no segundo semestre desse ano, já a soltura dos mosquitos deve começar em 2020

Fernanda Palheta | 16/04/2019 18:25
Representantes do Ministério da Saúde, técnicos das secretarias municipais e estadual de Saúde e pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) se reuniram para traçar estratégias para a liberação do mosquito (Foto: Divulgação PMCG)
Representantes do Ministério da Saúde, técnicos das secretarias municipais e estadual de Saúde e pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) se reuniram para traçar estratégias para a liberação do mosquito (Foto: Divulgação PMCG)

Depois de ser anunciada como uma das três cidades de grande porte a utilizar o mosquito Aedes Aegypti modificado com a bactéria Wolbachia, Campo Grande se prepara para o início do projeto. Representantes do Ministério da Saúde, técnicos das secretarias municipais e estadual de Saúde e pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) se reuniram na tarde desta terça-feira (16) para traçar as estratégias de implementação do projeto.

O primeiro passo, segundo o pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, é o planejamento. O pesquisador explica que nesse processo é definido o território e a logística para a consulta e orientação da população. “Inicialmente é necessário que a população conheça e entenda qual a finalidade do projeto. Por isso é necessário que haja uma ampla divulgação em todos os setores, em especial entre as lideranças comunitárias e nas escolas”, diz.

Durante o anúncio do Ministério da Saúde, Luciano destacou a importância da conscientização da sociedade. "O apoio é muito importante porque porque é uma quebra de paradigma soltar mosquito para poder controlar vírus", ressalta.

Simultaneamente a mobilização deve ser a fase de criação dos mosquitos que devem ser posteriormente soltos na natureza em forma adulta ou de ovos, em pontos considerados estratégicos. Conforme pesquisadores da Fiocruz, a primeira fase deve ser iniciada no segundo semestre desse ano, já a soltura dos mosquitos deve começar em 2020.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, acredita que Campo Grande pode ser tornar referência para os estados e países vizinhos para uma futura difusão desta tecnologia. “A partir deste estudo, Mato Grosso do Sul pode se tornar referência e quem sabe o caminho seria investirmos em uma biofábrica para que possamos avançar ainda mais”, disse.

No encontro, foi iniciada a discussão da criação de um comitê gestor com integrantes do Ministério da Saúde, Fiocruz, secretarias municipal e estadual de saúde que será responsável por conduzir os trabalhos em Campo Grande.

Nos siga no Google Notícias