ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Após decisão judicial, pacientes correm risco de ficar sem medicamentos

Luana Rodrigues e Flávia Lima | 25/11/2015 12:13
Alegando dificuldade financeira, o hospital bloqueou 14 leitos. (Foto: divulgação)
Alegando dificuldade financeira, o hospital bloqueou 14 leitos. (Foto: divulgação)

A Santa Casa acatou a decisão do Juiz plantonista Roberto Ferreira e vai receber 11 pacientes em situação considerada grave. Alegando dificuldade financeira, o hospital havia bloqueado nesta terça-feira (24), 14 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O MPE (Ministério Público Estadual) entrou com uma liminar na Justiça, que ordenou o desbloqueio de parte dos leitos. A preocupação agora, segundo os dirigentes do hospital, é que com os "novos pacientes", faltem medicamentos para atender a todos. 

Dos 11 leitos desbloqueados, sete irão atender pacientes com problemas cardíacos, três com infecções respiratórias e um que está em tratamento porque sofreu um AVC(Acidente Vascular Cerebral). "Nós fomos pegos de surpresa, porque eu mesmo fui até o plantão judiciário e expliquei sobre as condições financeiras do hospital, esperávamos que a Justiça entendesse", disse o diretor- presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco.

Conforme o diretor técnico do hospital, Mário Madureira, já existem medicamentos em falta, entre eles a morfina, um dos remédios mais utilizados na UTI(Unidade de terapia Intensiva). Além disso, estão faltando antibióticos, gaze e esparadrapos para curativos, aventais para médicos e enfermeiros e alguns tipos de seringas. As dificuldades, segundo a Santa Casa, são por causa de uma dívida de pouco mais de R$ 10 milhões, que não foi paga pela prefeitura.

Ainda segundo Teslenco, a Prefeitura deveria ter feito o repasse no dia 5 de novembro, mas só depositou R$3,5 milhões nesta segunda-feira(23), o que atrasou a compra de medicamentos, e por isso alguns estoques chegaram a zero.

Para manter os estoques de medicamentos , o hospital suspendeu as cirurgias eletivas e não está admitindo algumas internações. Entre segunda e terça- feira, dez cirurgias eletivas foram suspensas.

Outra questão que a diretoria questiona, é que os pacientes foram "escolhidos" por um médico regulador do Samu(Serviço Médico de Urgência), que estava de plantão, e não pelos médicos do hospital e que a avaliação de que eles deveriam ser internados na UTI partiu do Poder Judiciário.

"Agora os pacientes serão avaliados pelos médicos da UTI e conforme o quadro clínico de cada um for melhorando, serão encaminhados para a enfermaria", explicou o diretor.

Nos siga no Google Notícias