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Capital

Após déficit de R$ 4,5 milhões, investigação mira diretoria da Cândido Mariano

Procedimento que havia sobre o assunto foi convertido em inquérito civil pelo MP nesta quinta

Mayara Bueno | 31/01/2019 16:30
Entrada da Maternidade Cândido Mariano, na rua de mesmo nome. (Foto: Arquivo/CGNEWS).
Entrada da Maternidade Cândido Mariano, na rua de mesmo nome. (Foto: Arquivo/CGNEWS).

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu um inquérito para investigar supostas irregularidades na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande. A apuração foi motivada por uma auditoria contábil que descobriu, entre outras situações, déficit de R$ 4,5 milhões entre 2012 e 2016.

Segundo os autos do processo, a atual diretoria – comandada pelo médico César Luiz Galhardo – contratou uma auditoria externa para analisar os balanços patrimoniais de 2012 até 2016. Entre os documentos, a auditoria constatou, por exemplo, que as rendas da instituição de saúde caíram de 2014 a 2016. “O saldo da liquidez imediata ficou negativo indicando falta de recursos nas operações de curto prazo”.

Em outra página, a análise feita nos balanços orçamentários chegou a conclusão de que houve “diversas irregularidades, principalmente na administração de fluxo de caixa o que ocasionou um déficit na ordem de aproximadamente R$ 4,5 milhões”. Não há detalhamento sobre os motivos e o que levou a tal situação, tampouco aponta responsáveis.

A auditoria cita também situações relacionadas à contabilidade da maternidade, como aumento de “quase 50%” no volume de recursos de convênio em abril de 2017. “Em virtude da sistemática brasileira de pagamento do SUS (sempre em atraso), e sendo a maternidade que atua neste ramo, sempre tem problema no fluxo de caixa negativo”.

Ainda de acordo com os autos, a atual diretoria enviou ao Ministério Público o resultado das análises financeiras. O órgão, então, “devolveu” a demanda com pedido de explicações sobre as providências adotadas e questionando sobre quem são os responsáveis.

Desde então, a Maternidade Cândido Mariano alega que precisava fazer uma sindicância interna e que a auditoria contratada havia apontado situações de forma “genérica”. Contudo, conforme o último documento disponível nos autos, a instituição enviou uma ata de reunião da diretoria, aberta para avaliar um contrato firmado na gestão de 2016/2017. Sem detalhes, o documento aponta um convênio entre a maternidade e o Ministério da Saúde, cujo valor pago para uma construtora foi maior em relação ao executado da obra.

Depois do envio do documento, o Ministério Público informou nesta quinta-feira (dia 31) que converteu em inquérito civil o procedimento preparatório que já existia para "apurar eventual irregularidade no âmbito da Maternidade Cândido Mariano". A reportagem enviou email e ligou para o hospital, mas até o fechamento e publicação deste texto, não houve resposta.

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