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Capital

Após denúncias de irregularidades, supermercado é fechado por falta de alvará

Equipes da Semadur, da Vigilância Sanitária, da Guarda Municipal e do MPT-MS estiveram no local nesta tarde

Geisy Garnes e Liniker Ribeiro | 23/03/2020 16:08
Com apoio da Guarda Municipal o supermercado foi fechado nesta tarde (Foto:Kisie Ainõa)
Com apoio da Guarda Municipal o supermercado foi fechado nesta tarde (Foto:Kisie Ainõa)

Um supermercado da rede Pires foi fechado na tarde desta segunda-feira, 23 de março, por falta de alvará depois de denúncias de que as medidas de prevenção ao coronavírus, Covid-19, não estavam sendo cumpridas no local. Clientes que aguardavam do lado de fora para poder entrar na unidade foram dispensados após meia-hora de espera em uma fila.

Equipes da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), da Vigilância Sanitária, da Guarda Municipal e do MPT-MS (Ministério Público de Trabalho em Mato Grosso do Sul) foram ao supermercado, que fica na Avenida dos Cafezais, após graves denúncias de descumprimento as medidas de prevenção impostas pelo município.

As informações eram de que havia aglomeração de pessoas no local e falta de álcool em gel até mesmo para os funcionários. Conforme o procurador Paulo Douglas, a denúncia afirmava que os 102 funcionários não estavam recebendo nenhuma proteção e sequer tinham água para lavar a mão. “Como expor a saúde do funcionário é crime, viemos no local”.

A realidade encontrada pelas equipes, no entanto, era outra. A entrada de clientes era controlada e apenas dez pessoas por vez podiam fazer compras. Quem aguardava sua vez do lado de fora também respeitava na fila o espaço mínimo de distância estipulado para Ministério da Saúde, cerca de dois metros.

A secretária Natiele Rangel, de 29 anos, está grávida e contou ao Campo Grande News que essa é a primeira vez que sai de casa em uma semana. Depois de uma semana de quarentena notou a mudança no comportamento dos funcionários do supermercado. Segundo ela, todos respeitavam a distância e usavam álcool em gel, por isso foi pega de surpresa quando um dos atendentes anunciou o fechamento.

Segundo apurado pela reportagem, o problema encontrado no local não foi referente as medidas de proteção e sim ao certificado que permite o funcionamento do estabelecimento. Conforme a Semadur, o supermercado estava com o alvará de localização e estabelecimento vencido desde o ano passado, por isso foi fechado pelas equipes.

Quem aguardava do lado de fora para fazer as compras acabou dispensado pelos próprios funcionários. Rosângela Alencar, doméstica de 41 anos, já esperava há meia-hora quando descobriu que teria que ir embora levar os produtos que precisa em casa. "Meia hora na fila para eles simplesmente falarem que o mercado fechou. Como a gente faz agora? Estou de quarentena, vim comprar umas coisas que estava precisando e acontece isso”, lamentou.

Para voltar a funcionar o estabelecimento deverá regularizar o alvará e fazer adequações recomendados pelo Ministério Público do Trabalho após a vistoria dessa tarde.

Confira a galeria de imagens:

  • Procurador Paulo Douglas (Foto: Kisie Ainõa)
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  • Clientes que aguardavam na fila para entrar (Foto: Kisie Ainõa)
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