Após destruição de esteiras, catadores retomam trabalho manualmente

O primeiro dia de trabalho após o incêndio que destruiu os barracões da usina de triagem de resíduos no bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande, será árduo. Sem três das quatro esteiras que faziam a separação dos lixos, agora a função será realizada em sua maior parte manualmente.

Segundo Daniel Arguello, representante da Coopermaras, que é uma das três cooperativas que trabalham no local, o espaço possui quatro esteiras que fazem a separação do lixo. Desse total, uma estava com defeito e duas foram danificadas durante o incêndio do último sábado (30). ''Por conta desse incêndio vamos ter prejuízo no trabalho. Vamos dar início no que pudermos fazer", explicou.

Daniel explicou que uma reunião será realizada nesta manhã com todos os membros da cooperativa e o convite foi estendido também para a prefeitura e Solurb, mas não há confirmação da participação. ''Queremos saber o que vão fazer por aqui, se o prédio onde ocorreu o incêndio está em bom estado, se não precisa de um laudo garantindo a segurança da estrutura. Não podemos colocar em risco o pessoal que está aqui trabalhando", defendeu.

No local trabalham aproximadamente 160 pessoas das cooperativas Atmara, CataMS, Coopermaras e Novo Horizonte. Diariamente são separados 60 tipos de materiais. O prejuízo ainda não foi calculado, mas a estimativa é de que chegue a R$ 200 mil.

Incêndio - No sábado, por volta das 9h30, um caminhão chegou para descarga com dois catadores. Eles sentiram cheiro de fumaça e logo acionaram a equipe de brigadistas local e o Corpo de Bombeiros.

Apesar da rapidez, a chama, até então localizada e pequena, logo se espalhou. O material queimado começou a cair pelo funil usado para jogar o lixo nas esteiras de separação e o fogo atingiu a parte usada na linha de produção.