ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  24    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Após falso massacre, diretora reclama do estrago provocado por fake news

Sem consultar a escola, uma mãe fez postagem em rede social ajudando a espalhar a informação falsa

Liana Feitosa | 02/09/2022 11:04
Após falso massacre, diretora reclama do estrago provocado por fake news
Frente da escola municipal Professora Licurgo de Oliveira Bastos. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

A educadora Claudeci de Paula de Almeida precisou lidar com alunos em pânico e pais desesperados na tarde de quinta-feira (1°), depois de uma conversa durante disputa de pebolim. Uma das crianças disse  “eu vou massacrar você (no jogo)”,  e pronto, o terror foi instalado, graças a comunidade que passou a conversa para frente, de forma destorcida.

Claudeci é diretora da Escola Municipal Professora Licurgo de Oliveira Bastos, que fica na Vila Nasser, em Campo Grande. A dor de cabeça começou quando um dos estudantes, do 7º ano, ouviu o diálogo, mas confundiu a informação e, ao chegar em casa, acabou afirmando para a mãe que haveria um massacre na escola. A informação, assim, se espalhou entre pais e mães.

Uma das mães, sem conversar com a direção da escola, nem avisar sobre a informação que havia chegado aos ouvidos dela, fez uma postagem em uma rede social, ajudando a espalhar a “fake news”.

“Cerca de 90% dos alunos foram normalmente à aula ontem. Quando a informação errada se espalhou, precisei lidar com pais desesperados e alunos entrando em pânico. Alguns começaram a chorar, outros tiveram crise de pânico e até passaram mal. Uma informação errada, espalhada de maneira irresponsável, acabou gerando todo um transtorno”, relata a diretora após o susto, ao Campo Grande News.

Ela afirma que, mesmo a escola estando em funcionamento normal desde ontem, ainda hoje, horas após a confusão, está fazendo um trabalho de esclarecimento e conscientização sobre o episódio.

Atualmente, a escola tem 2.005 alunos, sendo 1.200 no período vespertino. “Minha preocupação na hora foi acalmar os pais e os alunos. São 34 salas de aula à tarde e priorizamos passar em cada uma para falar sobre o que estava acontecendo e esclarecer a situação”, detalha Claudeci.

A diretora orienta pais que têm filhos em idade escolar que, em situações como essa, de suposta ameaça, que busquem confrontar as informações com as unidades escolares. “Quando os pais tiverem dúvidas sobre situações que eles não foram comunicados oficialmente pela escola, que liguem para nós ou se dirijam até a escola, mas não espalhem notícias na internet sem terem confirmação”, defende a educadora.

Nos siga no Google Notícias