ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Capital

Após manifestação, prefeito recebe professores para negociar salários

Natalia Yahn e Antonio Marques | 15/03/2016 10:20
Paulo Pedra fala com o presidente da ACP, Lucílio Nobre. Em seguida prefeito Alcides Bernal recebeu manifestantes. (Foto: Marcos Ermínio)
Paulo Pedra fala com o presidente da ACP, Lucílio Nobre. Em seguida prefeito Alcides Bernal recebeu manifestantes. (Foto: Marcos Ermínio)

Representantes da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) foram recebidos pelo prefeito Alcides Bernal (PP), após aproximadamente uma hora de manifestações em frente a Prefeitura Municipal. A reunião não tem previsão de término.

Também participam da negociação a secretária Municipal de Educação, Leila Machado e o secretário Municipal de Governo, Paulo Pedra, além dos vereadores Luiza Riberto (PPS) e Eduardo Romero (Rede).

Enquanto pedia paciência aos professores, Pedra lembrou que a Prefeitura estava sem recursos financeiros quando Bernal voltou ao cargo, em agosto do ano passado. Sem alívio, os manifestantes lembraram que o próprio secretário – quando ocupava o cargo de vereador durante a administração de Gilmar Olarte (PP) – criticava o não cumprimento da lei n° 4.511/2014 e dizia que a Prefeitura tinha verba suficiente para pagar os professores.

A categoria também mostrou vídeos para que a ele se lembrasse da época – menos de um ano atrás – quando fazia duras críticas por conta da lei, ainda não cumprida. Os manifestantes também gritam palavras de ordem e perguntam para o secretário “onde está o dinheiro” - que ele próprio dizia estar disponível na época da administração de Olarte.

“Nossa equipe econômica esta estudando o que é proposto. O desejo do prefeito é dar reajuste e reposição para os 22 mil servidores. E hoje (15) a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) reconheceu o equivoco dela, que Campo Grande paga o maior salário do Brasil, e isso é fato”, defendeu Pedra.

Enquanto os representantes da ACP são recebidos pelo prefeito, professores que aguardam no Paço Municipal confirmam as ameaças feitas pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) e pela própria secretária da pasta, Leila Machado. Uma professora, que pediu para não ser identificada na reportagem, afirmou que foi a única do Ceinf (Centro de Educação Infantil) onde trabalha que participou da manifestação. “Já soube que a Semed pediu uma lista dos que estão no movimento. Tem coação sim”.

A principal reivindicação da ACP é o pagamento do piso nacional que hoje é de R$ 1.697,37 para 20 horas semanais de trabalho – atualmente o valor é pago para 40 horas semanais. Os professores da Reme pedem 11,36% de reajuste relativo sobre os rendimentos mensais desse ano, além de 13,01% referente ao ano de 2015, quando o reajuste não foi oferecido para os professores, desrespeitando, segundo eles, o piso salarial da categoria estabelecido em lei municipal.

Nos siga no Google Notícias