Após morte de musico, jovem pede ajuda para tratar obesidade na Capital
Oito dias após a morte do produtor musical Francis Vendramini, 27 anos, que estava prestes a realizar o “Carreteiro do Gordinho”, na intenção de conseguir o dinheiro e viabilizar a redução de estômago, já que pesava 240 kg, outro jovem realiza uma campanha para fazer a mesma cirurgia. Ele organiza um evento, apela nas redes sociais e, para a classe política, onde já conseguiu R$ 10 mil.
Segundo o promotor de eventos Rogério Jarcem Gonçalves, 33 anos, conhecido como Rogérião, as complicações por conta da obesidade aumentam a cada dia, o tornando uma pessoa limitada. “Passei por uma nova avaliação médica, de um profissional que conhece bem o meu problema e ele diz que a minha cirurgia precisa ser feita em caráter de urgência”, conta o jovem.
Assim como Francis, o jovem garante que há dez anos tenta realizar o procedimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde). “O sistema, por ser gratuito, evita operar pacientes com obesidade extrema, principalmente porque necessitam de uma CTI (Centro de Terapia Intensiva), sendo que eles cobrem somente emergência, então ficam ‘enrolando’ a gente”, avalia Gonçalves.
Recentemente, ele diz que encontrou a “luz no fim do túnel” e agora engaja uma grande campanha. Na internet, em versões feminina e masculina, ele vende camisetas para a festa “Constellation Power”, que irá ocorrer no dia 6 de outubro, em uma chácara de Rio Brilhante, a 163 quilômetros da Capital.
Pelo Facebook, Rogérião ainda conta a sua história, pede compartilhamentos da campanha #euvouajudaorogeriaoemagrecer e fala do encontro de som automotivo. Por outro lado, apelou para o prefeito Sidney Foroni, o vereador Dejair Gomes (PT), o Totinha, e o vereador Gian Carlos Mariano (PPS).
“Eles se colocaram a disposição para ajudar a custear a cirurgia, que custa em torno de R$ 20 mil. Até o momento, consegui metade do dinheiro, mas preciso da outra parte. Ficarei eternamente grato àqueles que me ajudarem, seja comparecendo a festa ou até mesmo compartilhando a minha história”, fala o jovem.
Complicações - Acima do peso desde a infância, Rogerião realizava um tratamento e acompanhamento no setor de obesidade do Hospital Regional, em Campo Grande. “Acontece que em 2008 meu caso piorou e tive uma depressão forte, inclusive fiquei um ano sem sair de casa e as coisas só pioraram. Agora decidi lutar e conto com a ajuda de todos”, finaliza Rogerião.
