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Capital

Após morte, sindicato quer que viaturas abordem táxis na madrugada

Aline dos Santos | 27/08/2011 09:50
Táxi foi encontrado no Jardim Nascente do Segredo. (Foto: Simão Nogueira)
Táxi foi encontrado no Jardim Nascente do Segredo. (Foto: Simão Nogueira)

Após o assassinato de um taxista ontem na saída de um show, o Sintáxi (Sindicato dos Taxistas) quer maior fiscalização nos veículos durante a noite e madrugada. “Que a viatura da PM (Polícia Militar) pare o táxi de madrugada. Dê uma olhada”, afirma o presidente do sindicato, João Santana.

De acordo com ele, algumas medidas são tomadas para que o profissional que trabalha na rua não fique tão exposto. “Para ser taxista tem que fazer um curso com carga horária de 72 horas no Sest/Senat. Tem aula com a Polícia Militar sobre prevenção a roubos”, salienta.

O taxista é orientado a não reagir e entregar o dinheiro. Segundo Santana, o crime mais comum é ser alvo de ladrões em busca de dinheiro para comprar drogas. “São pequenos assaltos. Viciados em busca de dinheiro. Eles roubam e logo saem do veículo”, relata. O Sintáxi não tem estatística própria sobre crimes contra a categoria, mas o presidente afirma que o número é pequeno. “São poucos, insignificante”.

O taxista Daniel Manoel Dudu foi encontrado baleado na manhã de ontem, no Jardim Nascente do Segredo, após fazer corrida para um casal na saída de um show, realizado no estádio Morenão. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu na Santa Casa de Campo Grande.

Uma adolescente foi apreendida. Ela contou que estava com o namorado Wesley Oliveira dos Santos, de 18 anos. A corrida deu R$ 60 e eles não tinham dinheiro para pagar, desencadeando a discussão que terminou com os disparos. Wesley está foragido.

“Tem que prender ele para saber o que de fato aconteceu. Eu acredito que tenha sido um roubo mesmo”, afirma João Santana.

Durante a corrida, o taxista não passou nenhuma mensagem pelo rádio relatando estar em situação de risco. Daniel trabalhava como taxista há mais de 25 anos.

“Quem pode imaginar que um casal de jovens vai fazer isso. Ou que alguém vai armado para um show com tantas pessoas”, questiona.

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