Após negativa do PAC, prefeitura prepara obra emergencial para conter erosão
Estudo técnico definirá o início das intervenções, que serão custeadas com verba do município
A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) está fazendo levantamento técnico da situação dos pontos de erosão da Avenida Ernesto Geisel para realização de obras emergenciais. A proposta é utilizar recursos próprios depois que o projeto submetido ao Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não foi aprovado pelo governo federal.
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Segundo a assessoria da secretaria, o levantamento está sendo feito no trecho entre a Avenida Manoel da Costa Lima e o local onde ocorre a obra de contenção de enchentes. A partir desse estudo, a Sisep vai montar o planejamento para iniciar a ação emergencial. Não foi divulgado se há valor prévio estimado.
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Enquanto isso não ocorre, quem passa pela Avenida Ernesto Geisel só observa o avanço da erosão na via. “Vai chegar uma época em que ninguém mais vai passar aqui”, reclama o comerciante Antônio Moreira Trindade, 53 anos, dono de uma revendedora de sofás.
A erosão avança próxima ao Guanandizão. Em frente ao estádio, a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) colocou cones para sinalizar o buraco e alertar os condutores. Pouco mais de 50 metros à frente, na Rua do Aquário, a cratera é usada como depósito de lixo, de animais mortos e de galhos de árvores. Na quadra seguinte, há mais um buraco, sem qualquer sinalização.
No segundo trecho, Trindade diz que uma equipe da prefeitura esteve no local há cerca de seis meses. “Jogaram terra, mas a chuva levou tudo”, contou.
O eletrotécnico Odilson Frank, 54 anos, tem oficina na avenida e mora em imóvel vizinho ao trabalho. Ele afirma que os buracos começaram há cerca de seis anos. Além da erosão, reclama da falta de iluminação no trecho. “É uma região escura, os motoristas veem a sinalização em cima da hora, tentam desviar, mas batem”, disse, acrescentando que comerciantes locais instalam lâmpadas para auxiliar os condutores. “É uma avenida principal e está esquecida”.
Não - Em janeiro de 2025, o projeto de infraestrutura da Avenida Ernesto Geisel, no valor de R$ 150 milhões, submetido ao Novo PAC, não foi aprovado para receber recursos diretos do OGU (Orçamento Geral da União).
Pelo projeto, as obras envolvem intervenções de infraestrutura na terceira etapa, que consiste na conclusão do trecho da Avenida Ernesto Geisel entre a Rua Bom Sucesso e a Rua Campestre. Os itens previstos incluem a recuperação e adequação da seção hidráulica do córrego, com obras de estabilização das margens, recuperação da microdrenagem, poços de visita, bocas de lobo, dissipadores de energia, meios-fios e sarjetas, recuperação do pavimento, além da implantação de ciclovia e acessibilidade ao longo do trecho.
Segundo a prefeitura, o que motivou a retirada do PAC dessa parte da obra foi o grande volume de propostas recebidas pelo Ministério das Cidades, que ultrapassou o limite orçamentário disponível, resultando na migração de diversos projetos, incluindo o de Campo Grande, para a modalidade de financiamento.
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