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Capital

Associação de bares e restaurantes diz não suportar mais medidas de restrição

Novo decreto determina toque de recolher das 22h às 5h a partir de segunda-feira (7) e setor não gostou da decisão

Ana Paula Chuva | 04/12/2020 17:04
Bar cheio em junho deste ano, em meio a pandemia. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)
Bar cheio em junho deste ano, em meio a pandemia. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)

A Abrasel MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul) emitiu nota dizendo não suportar mais medidas de restrição que vem afetando não só a saúde econômica dos estabelecimentos coo a física e mental dos empresários e trabalhadores.

As medidas foram tomadas após o crescimento descontrolado da doença. Só hoje em Campo Grande os registros oficiais são de 601 casos e mais 8 sepultamentos. A Capital  tem 797 mortos pela covid-19, o que representa 43,8% de todos os óbitos de Mato Grosso do Sul.

A nota é em resposta ao novo decreto publicado hoje (4) que amplia o toque de recolher na Capital a partir da próxima segunda-feira (7) assim como restringe a capacidade dos estabelecimentos para 40% da lotação.

Para a associação, desde o início da pandemia, em março deste ano, o setor está sendo orientado a seguir as regras rígidas de biossegurança determinadas pelos órgãos de saúde, que servem para proteger tanto os empresários como os colaboradores e clientes.

Além disso, a nota afirma que os números de novos casos voltaram a subir a poucos dias e talvez seja resultado das aglomerações nas reuniões de campanha eleitoral, além das festas e eventos clandestinos que são pouco fiscalizados.

"A mudança no toque de recolher é extremamente preocupante, pois o setor vem tentando se recuperar das graves perdas sofridas durante o ano e dezembro é considerado o melhor mês. Essa mudança poderá prejudicar os negócios locais, podendo causar demissões de trabalhadores e até mesmo fechamento de estabelecimentos", diz a nota.

De acordo com a associação, não adianta fechar e restringir as empresas se não existir fiscalização para as aglomerações nas festas e eventos clandestinos e que o setor está sobrecarregado com as medidas de restrição que são prejudiciais aos estabelecimentos.

"A entidade reforça que o setor não suporta mais tais medidas, que afetam tanto a saúde econômica, quanto física e mental de empresários e trabalhadores e solicita que o poder público aja em favor da cidade e não contrario a quem gera riquezas, trabalho e garante a vida de milhares de pessoas", finaliza a nota.

Decreto - Novo decreto publicado na edição do Diogrande de hoje determina o toque de recolher na Capital das 22h às 5h a partir de segunda e a redução da capacidade para 40% nos estabelecimentos comerciais.

Além disso, o documento também determina que a venda de bebidas alcoólicas durante o toque sejam vendidas apenas por delivery.

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