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Capital

Atacado por pit bull, Carlos chora e pede ajuda para voltar a SP

Carlos Albergaria, 54 anos, sofreu ferimentos na cabeça, no rosto e no braço. O ataque aconteceu na madrugada de sábado

Viviane Oliveira | 24/02/2020 12:29
Carlos foi atacado por um cão na madrugada de sábado, quando segundo ele, havia parado à beira da estrada para descansar (Foto: Marcos Maluf)
Carlos foi atacado por um cão na madrugada de sábado, quando segundo ele, havia parado à beira da estrada para descansar (Foto: Marcos Maluf)

Internado na Santa Casa de Campo Grande se recuperando dos ferimentos que sofreu ao ser atacado por um cão pit bull na madrugada de sábado (22), Carlos Albergaria, 54 anos, chora e pede ajuda para voltar para casa, em Quatá, no interior de São Paulo. Durante o ataque, na região do Indubrasil, a vitima sofreu ferimentos no rosto, na cabeça e teve um tampão do braço esquerdo arrancado pelo cão. 

Em entrevista à reportagem, Carlos disse que chegou à cidade há cerca de 15 dias para trabalhar como tratorista em uma fazenda de Sidrolândia. No dia do ataque, segundo ele, seguia para o município de bicicleta com uma mochila nas costas e um cobertor, quando ao parar para descansar na estrada, foi atacado pelo cachorro. "Estava deitado à beira da rodovia, de repente o cachorro começou a me atacar. Não sei de onde ele veio. Queria pegar no meu pescoço, mas me defendi colocando o braço na frente", contou. 

Segundo Carlos, o cachorro só não o matou porque durante o ataque caiu numa vala e para se defender jogou terra no animal. "Joguei um punhado de terra nele. Foi o que fez ele se afastar. Depois, sai caminhando em busca de ajuda. Como era de madrugada, por volta das 4h, não tinha ninguém na rodovia. Andei de 15 a 20 km até encontrar ajuda. Meu braço sangrava muito", disse emocionado à equipe.

Ferimentos no rosto provocado durante o ataque do cão  (Foto: Marcos Maluf)
Ferimentos no rosto provocado durante o ataque do cão (Foto: Marcos Maluf)

O paciente não sabe o que vai fazer depois que receber alta médica. Sem familiares aqui, ele pede ajuda para voltar à cidade onde morava, no interior de São Paulo. "Se me colocarem em um ônibus até Presidente Prudente (SP) já está bom. Depois eu me viro", contou. Sobre a família não soube passar muitos detalhes, mas disse que a mãe se chama Maria Aparecida e lembra de cabeça o número da identidade. "Estou sem roupa, sem documentos". A mochila que Carlos carregava com os seus pertencentes ficou no local do ataque.

Socorro - A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros à Santa Casa, onde passou por cirurgia realizada pela equipe de ortopedia. Morador do Indubrasil, Valdemir da Silva, 55 anos, contou que, por volta das 6h, encontrou a vítima ensanguentada, deitada no ponto de ônibus na Avenida Roda Velha. Segundo a testemunha, Carlos apareceu no bairro há duas semanas, dizendo que havia saído de uma fazenda e pretendia ir para São Paulo, onde tem familiares. "Ele passava o dia no Centro Comunitário ou aqui na rua, perambulando", disse o morador.

A vizinhança chegou a acionar a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), mas quando uma equipe foi ao local não localizou o homem. A suspeita é de que a vítima tenha sido atacada por algum cão de guarda de chácaras da região. "Ele tremia muito. Estava todo ensanguentado, com vários ferimentos, principalmente no braço", contou Valdemir.

Quem quiser ajudar pode entrar em contato com o Serviço Social da Santa Casa pelo número 3322-4140/4289.

Ponto de ônibus, na Avenida Vilha Velha, onde a vítima foi encontrada ensanguentada e tremendo (Foto: Viviane Oliveira)
Ponto de ônibus, na Avenida Vilha Velha, onde a vítima foi encontrada ensanguentada e tremendo (Foto: Viviane Oliveira)
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