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Capital

Avó diz que netos de 3 e 5 anos viram mãe ser agredida a pedradas

Bruno Chaves | 15/01/2014 17:29
Vítima foi apedrejada em frente a casa onde morava, no bairro Pedro Teruel. Pedras eram grandes, diz vizinha (Foto: Marcos Ermínio)
Vítima foi apedrejada em frente a casa onde morava, no bairro Pedro Teruel. Pedras eram grandes, diz vizinha (Foto: Marcos Ermínio)

Os dois filhos mais novos da mulher apedrejada pelo ex-marido na virada do ano, em Campo Grande, presenciaram cenas fortes de discussão e viram a mãe sendo ferida a pedradas. “Meus netos viram tudo e estão traumatizados", revela Edna Samulha Romualdo da Cunha, 53 anos.

Edna é mãe de Laida Andréia Samulha Romualdo, 35, que morreu na Santa Casa no dia 9 de janeiro devido aos ferimentos sofridos. Ela foi agredida no dia 28 de dezembro de 2013 pelo ex-companheiro Anderson César Firmino, 24. Segundo testemunhas, Anderson não poupou nem os filhos de 3 e 5 anos, que quase foram atingidos pelas pedras.

“Ele pegou pedras da rua e começou a atacar nela. Eram pedras grandes que quase acertaram os nenéns”, diz Fernanda Miranda Alves, 24, que era vizinha e amiga de Laida. Elas moravam em mesma rua do bairro Pedro Teruel, próximo ao Dom Antônio Barbosa.

Fernanda conta que as brigas do casal eram frequentes, mas afirma que Laida amava Anderson. “Ela chegou a me perguntar se eu acreditava que ele poderia matá-la. Mas eu falava que não sabia porque a gente não conhece o coração das pessoas”, lembra.

Anderson, segundo relatos, era muito agressivo e só aparecia na casa da mulher de noite ou de madrugada. Normalmente, as discussões do casal se iniciavam na residência e acabavam na rua. “No dia em que ela foi apedrejada, ela saiu correndo pedindo ajuda para os vizinhos. Mas o Anderson pegou ela pelos cabelos e começou a jogar pedras”, afirma.

Laida foi atingida nos ombros, braços, abdome e cintura. De imediato, ela não procurou atendimento médico, mas no dia 4 de janeiro precisou se internada devido a complicação dos ferimentos. “O dia que ela falou que ia ao médico, o braço dela estava muito inchado e feio”, conta.

No mesmo dia em que a mulher foi parar no hospital. Os filhos mais novos dela foram recolhidos pela avó. “Eu já cuidava das crianças de 10 e 12 anos desde que eram pequenininhos. Aí peguei os dois mais novos também”, diz. Além das quatro crianças que estão com a avó, Laida deixa outros dois filhos de 16 e 18 anos. “Eu não sei onde eles estão”, lamenta Edna.

Vizinha e amiga de Laida mostra onde pedras acertaram a vítima (Foto: Marcos Ermínio)
Vizinha e amiga de Laida mostra onde pedras acertaram a vítima (Foto: Marcos Ermínio)
Mãe de vítima acolheu os netos e, atualmente, dá abrigo para quatro de seis crianças (Foto: Marcos Ermínio)
Mãe de vítima acolheu os netos e, atualmente, dá abrigo para quatro de seis crianças (Foto: Marcos Ermínio)

A avó mora no bairro Pioneiros e acolheu as duas crianças que moravam com Laida. “Agora eu quero justiça porque meus netos viram tudo o que aconteceu e estão traumatizados. Confio na justiça de Deus, mas quero a justiça dos homens também”, opina.

Doente e com quatro crianças para alimentar, Edna diz que conta com ajuda de amigos para sustentar os pequenos. “Preciso de roupas, calçados e alimentos”, afirma.

Acusado – Anderson, acusado de apedrejar a mulher por causa de dinheiro, foi preso ontem (14) pela Polícia Civil. A prisão dele foi decretada pelo juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete, no dia 13. Ele está detido em uma cela do 4º DP, nas Moreninhas.

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