Bandidos que "sitiaram" cidade levaram R$ 109 mil em envelopes
Os suspeitos usavam a técnica conhecida como “pescaria” para cometer o crime em várias regiões do país
Policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) prenderam dois paulistas pelo furto de R$ 109 mil de envelopes depositados em caixas eletrônicos de dois bancos em Mato Grosso do Sul. Os suspeitos usavam a técnica conhecida como “pescaria” para cometer o crime em várias regiões do país.
Segundo o delegado João Paulo Sartori os suspeitos vieram ao Estado por duas vezes para cometer o crime. A primeira, em maio, agiram em uma banco da Avenida Afonso Pena e voltaram para São Paulo com R$ 22 mil.
Em julho, retornaram a Mato Grosso do Sul e furtaram a mesma agência em Campo Grande, mas desta vez conseguiram “pescar” R$ 42 mil. No mesmo mês foram a Dourados - a 233 quilômetros da Capital - onde aplicaram o golpe em uma agência do mesmo banco. De lá foram levados R$ 45 mil.
Modo de agir - Ainda conforme o delegado, os bandidos agiam sempre da mesma maneira. Iam nas agências durante as noites de sexta-feira e com um pé de cabra danificavam parte dos caixas eletrônicos, uma estratégia para concentrar os depósitos em máquinas específicas.
Na madrugada de domingo, antes que os bancos abrissem, voltavam ao local, abriam o compartimento de depósito e com uma régua metálica envelopada com fita dupla face “pescavam” os envelopes.
Imagens de câmeras de segurança dos bancos flagraram o crime nas duas ocasiões e três homens foram identificados: Luiz Alberto de Almeida Júnior, de 26 anos, Steve Davis de Andrade, de 31 e Cristiano Carvalho de Souza Silva, todos do estado de São Paulo. Com mandados de prisão em mãos, equipes do Garras foram a capital paulista no sábado (3) e na segunda-feira, dia 5 de novembro, prenderam dois suspeitos na zona leste da cidade.
Luiz Alberto e Steve Davis foram trazidos para Campo Grande e confessaram os crimes. Cristiano não foi encontrado e continua foragido. Ainda conforme o delegado, o trio é suspeito de cometer o mesmo crime em várias regiões do Brasil. “No momento da prisão, um dos suspeitos tinha acabado de voltar do sul do país. Ele tinha tentado aplicar a técnica lá, mas não conseguiu”, detalhou Sartori. O trio também é investigado pelo furto a uma agência de Três Lagoas.