Bombeiros controlam incêndio com três frentes contra o fogo na BR-163
Imagens aéreas mostram dimensão das chamas, vistas até na região central de Campo Grande
O incêndio que assustou moradores do Jardim Noroeste, em Campo Grande, nesta quarta-feira (30), foi controlado após se espalhar em três frentes de fogo por uma extensa área de vegetação e lixo às margens da BR-163. Conforme apurado pela reportagem, a atuação do Corpo de Bombeiros evitou que as chamas atingissem moradias, uma empresa de caminhões e um posto de combustíveis próximos ao antigo lixão, onde o fogo começou.
RESUMO
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Incêndio de grandes proporções às margens da BR-163, em Campo Grande, foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. O fogo, que começou em uma área de vegetação e lixo próxima ao antigo lixão da cidade, se alastrou rapidamente em três frentes, ameaçando casas, uma empresa e um posto de combustíveis. A rápida ação dos bombeiros evitou danos materiais. Moradores relataram preocupação com a saúde, principalmente de crianças, devido à fumaça densa. A área, conhecida como antigo lixão, é propensa a incêndios durante a estiagem. O Corpo de Bombeiros alerta para os riscos do uso do fogo e lembra que provocar queimadas é crime, com multas que podem chegar a R$ 9,6 mil. Denúncias podem ser feitas à Decat, Semadur e PMA.
Segundo o tenente Randolfo Pereira da Rocha, o fogo teve início nos fundos da Rua Acuri e se alastrou rapidamente.
“Foi um incêndio de grandes proporções. Começou numa área com vegetação e resíduos, e rapidamente avançou por três direções: uma em direção ao posto, outra entre as ruas Acuri e Confiança, e outra na lateral, com várias casas de madeira próximas. Conseguimos conter todas as frentes. Agora fazemos o trabalho de monitoramento, rescaldo e extinção total do fogo”, explicou.
Imagens aéreas registradas pelo leitor Edduardo Amorim, com uso de drone, mostram a amplitude do incêndio e a atuação das seis viaturas mobilizadas no local. Apesar da fumaça densa, o tráfego na BR-163 não foi interrompido.
Moradores da região, preocupados com a aproximação das chamas, tentaram conter o avanço do fogo com aceiros improvisados. Kelly Nascimento, de 39 anos, estava na casa da irmã e da cunhada, ao lado do antigo lixão, no momento em que o fogo começou. “Minha irmã ficou para cuidar do bebê de 8 meses, enquanto a gente tentava ajudar”, disse.
A preocupação com a saúde de crianças também foi relatada por Araceli Santa Cruz, de 22 anos, que tem uma filha de 9 meses com bronquiolite. “Na última queimada, ela precisou ser internada. A médica falou que precisa evitar fumaça, mas como fazer isso? Hoje a menina estava no quarto, dormindo com os irmãos, enquanto a fumaça invadia tudo”, contou.
Embora o incêndio não tenha causado perdas materiais, o risco foi ampliado pela presença de lixo acumulado no terreno. A área, conhecida por ser o local do antigo lixão municipal, permanece vulnerável a queimadas frequentes durante o período seco, agravando a situação para quem mora próximo.
O Corpo de Bombeiros reforça que a estiagem exige cuidados redobrados com o uso do fogo, tanto em áreas urbanas quanto rurais. A legislação ambiental considera crime provocar queimadas em terrenos baldios, margens de rodovias ou áreas de mata. As multas podem chegar a R$ 9,6 mil.
Denúncias podem ser feitas à Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), pelo telefone (67) 3325-2567, ou à Semadur (Secretaria Municipal de Gestão Urbana), pelo número 156.
Se houver identificação de responsáveis, a denúncia pode ser encaminhada diretamente à PMA (Polícia Militar Ambiental), pelo telefone (67) 3357-1501.
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