ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 20º

Capital

Brigadistas se antecipam à crise hídrica e instalam reservatórios no Pantanal

Caixas com água para 20 bombas costais ficarão à disposição caso a captação de água fique comprometida

Clayton Neves | 07/09/2021 13:17



Com o período de seca na região do Pantanal, a crise hídrica começa a preocupar brigadistas que trabalham no combate a incêndios que atingem a região e já destruíram centenas de hectares de mata. Para evitar imprevistos, equipes se anteciparam e abasteceram reservatórios de água espalhados por diferentes locais. A ideia é que as caixas fiquem à disposição caso a captação de água fique comprometida.

“Com a baixa dos rios isso agrava ainda mais o trabalho de combate ao fogo dos brigadistas. Sem água é mais difícil apagar incêndio. Estamos nos antecipando e colocando as caixas em pontos que avaliamos como essenciais para a captação de água”, explica o coordenador da Brigada Alto Pantanal, Bruno Agueda.

Os reservatórios armazenam quantidade de água equivalente a 20 bombas costais e estão posicionadas em  pontos estratégicos para qualquer imprevisto. O trabalho também está ficado na abertura de aceiros, trilhas  amplas que servem como rota de fuga para os animais e que também impedem que o fogo passe de um lado para o outro.

Além disso, a equipe da brigada está construindo novo porto na RPPN Acurizal, já que o previsto para a metade do mês de setembro é que os barcos já não consigam desembarcar no porto atual, sendo que o único acesso à sede da Reserva, é pelo rio.

Tragédia ambiental - A área consumida pelo fogo no Pantanal já ultrapassa 458,5 mil hectares, em Mato Grosso do Sul, segundo o ICV (Instituto Centro de Vida), uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que atua na região.

Da área queimada no Pantanal, 84% estão em MS, enquanto 88,7 mil hectares, o que representa 16%, são em Mato Grosso. No total, já são 547,2 mil hectares afetados, em oito meses. Os dados divulgados pelo instituto são de levantamento desde o início deste ano até terça-feira (31).

Nos siga no Google Notícias