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Capital

Burocracia e falta de verba barram ações da PF contra corrupção em MS

Renan Nucci | 15/04/2015 13:34
Franco diz que faltam recursos para uma ação mais efetiva contra a corrupção em Mato Grosso do Sul (Foto: Alcides Neto)
Franco diz que faltam recursos para uma ação mais efetiva contra a corrupção em Mato Grosso do Sul (Foto: Alcides Neto)

Em busca de autonomia e mais dispositivos para fechar o cerca contra os crimes de corrupção, delegados da Polícia Federal defenderam, na manhã de hoje (15), a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 412, que traz, entre outras sugestões, a criação de delegacias especializadas e a garantia de recursos para a realização de operações.

Em Mato Grosso do Sul, as ações contra os corruptos esbarram, principalmente, na falta de investimento e na morosidade dos processos judiciais, explica José Antônio Simões de Oliveira Franco, diretor regional da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal).

Segundo o delegado, mesmo com o aparato que dispõe no estado, a polícia ainda está muito aquém do que poderia ser feito, principalmente por causa do que considera como “ingerência” do Governo Federal que, de maneira indireta, interfere nas investigações, como por exemplo, não fornecendo recursos suficientes para as diligências.

“Embora o sucesso de operações realizadas recentemente (Owari, Uragano, Sangue Frio, entre outras), nossa realidade é muito distante da ideal. O governo não interfere de maneira direta no nosso trabalho, mas impõe certos obstáculos, nos deixando em situações as quais ficamos impossibilitados de combater a corrupção mais efetivamente”, comentou.

Propostas - Entre as propostas foram sugeridas a fundação de delegacias especializadas em todas as superintendências regionais com garantia de recursos a estas unidades, a criação da Coordenação-Geral de Combate à Corrupção na Direção-Geral da PF e a elaboração do Plano Nacional de Enfrentamento à Corrupção pela PF.

“Queremos autonomia para gerirmos nossos recursos e também especialização. O objetivo é criar dentro da polícia unidades específicas contra a improbidade administrativa e a corrupção. Outra proposta é que haja no judiciário uma vara específica para este tipo de crime. Queremos alguém com foro privilegiado para dar agilidade aos processos”, completou.

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