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Capital

Camelódromo impõe quarentena a donos de bancas com mais de 60 anos

Segundo o presidente Narciso Soares dos Santos, o alerta vale também para quem estiver com sintomas de gripe

Viviane Oliveira e Danielle Errobidarte | 18/03/2020 12:27
Após reunião, Camelódro orienta funcionários e donos de bancas com mais de 60 anos não irem trabalhar(Foto: arquivo/Campo Grande News) 
Após reunião, Camelódro orienta funcionários e donos de bancas com mais de 60 anos não irem trabalhar(Foto: arquivo/Campo Grande News)

Como medida de enfrentamento ao coronavírus, o Camelódromo emitiu comunicado após reunião realizada ontem (17), orientando os donos das bancas  e funcionários com mais de 60 anos a ficarem em casa. Segundo o presidente Narciso Soares dos Santos, o alerta vale também para quem estiver com sintomas de gripe. As medidas têm como objetivo conter o avanço da doença.

O horário de funcionamento, por enquanto, não foi reduzido e continua das 8h às 18h. “Vamos fazer outra reunião para discutir a questão dos horários”, disse. Narciso afirma que a movimentação reduziu em 30%.

Um funcionário de 37 anos contou que as vendas caíram desde o último sábado (14). Ele trabalha em uma banca que vende relógio, carteiras, eletrônicos. “As pessoas estão fazendo muito alarde. Acho que a doença está só no começo e a situação pode piorar”, lamentou. O funcionário comentou ainda que geralmente as vendas caem do meio do mês para o final. Por isso não sabe afirmar se o movimento diminuiu em razão do vírus. A administração disponibilizou álcool em geral para os clientes e funcionários usar.

Outro comerciante, Marcelo Xavier, 40 anos, que trabalha há 15 dias no conserto de eletrônicos percebeu que os clientes estão conversando muito sobre o assunto. Segundo ele, alguns falam sério e, outros brincam com a situação. “As vezes fico na dúvida. Não sei o que é verdade ou conversa fiada”. Marcelo reclamou ainda que não está achando álcool em gel para comprar e o jeito é utilizar álcool 70. “São muitas peças, então, na maioria das vezes esterilizo só as mãos”, comentou.

Marcelo afirma que se decidirem fechar o centro comercial, não tem ideia do tamanho do prejuízo, pois tem dia que ganha em dois dias o que ganharia durante o mês todo. “Varia muito. Se a gente parar, não sei como vai ser”, lamentou.

Outro funcionário de 33 anos afirma que o movimentou caiu muito. “As vendas caíram pela metade. “Os donos estão preocupados porque se ficarem em quarentena como vão fazer para conseguir o dinheiro para pagar as contas e os funcionários”, lamentou.

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