Campo Grande retoma tapa-buracos com aporte de R$ 25 milhões
Verba da Prefeitura tem apoio do Governo do Estado, de emenda do deputado Luiz Ovando e da Câmara Municipal
A Prefeitura de Campo Grande anunciou a liberação de recursos para retomar o serviço de tapa-buracos, interrompido há semanas por falta de pagamento às empresas contratadas. Mas, ao contrário do que havia sido informado inicialmente - cerca de R$ 9 a R$ 10 milhões - o valor total destinado à manutenção viária chega, na verdade, a R$ 25 milhões, segundo Marcelo Miglioli, titular da Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos).
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A Prefeitura de Campo Grande anunciou a liberação de R$ 25 milhões para retomar o serviço de tapa-buracos, que estava suspenso devido a atrasos nos pagamentos às empresas contratadas. O valor, que inclui recursos próprios e apoio de outras esferas, será utilizado prioritariamente nas principais avenidas e eixos estruturais da cidade. A secretária de Finanças, Márcia Hokama, informou que os pagamentos às seis empresas contratadas serão iniciados imediatamente, permitindo a retomada dos serviços. Apesar da crise fiscal e da frustração na arrecadação, a Prefeitura garantiu o pagamento do 13º salário dos servidores até 20 de dezembro.
“Temos duas frentes, a das vias pavimentadas e a das não pavimentadas. Mas esses 25 milhões são para manutenção, são do tapa-buraco, que está dentro da programação para fecharmos o ano. Parte do valor é recurso próprio, com o Governo do Estado, o deputado Luiz Ovando e a Câmara Municipal, numa composição. O tapa-buraco está sendo feito nas sete regiões, priorizando eixos mais estruturados e avenidas principais; depois, seguimos para dentro do bairro”, detalhou.
O anúncio da liberação dos primeiros pagamentos foi feito nesta quarta-feira (18), durante apresentação do balanço financeiro da gestão aos vereadores pela secretária municipal de Finanças, Márcia Hokama. Segundo ela, o repasse imediato permitirá que as equipes voltem às ruas já nesta quarta-feira (19).
“A expectativa é que eles recomecem amanhã, porque amanhã nós começaremos a fazer os pagamentos. A prefeita me ligou, e nossa expectativa é fazer esse pagamento amanhã, para que eles retomem o tapa-buracos”, afirmou.
Hokama explicou que todas as seis empresas contratadas estão contempladas no repasse emergencial, embora o montante inicial não quite totalmente o passivo acumulado. “Todas as empresas estão contempladas. Não vai ficar totalmente em dia, mas vamos começar agora a fazer os pagamentos”, disse.
O aporte completo chega aos R$ 25 milhões, considerando a composição entre Prefeitura, Governo do Estado, emenda do deputado Luiz Ovando e apoio da Câmara Municipal.
O reforço ocorre em meio ao cenário de frustração de receitas enfrentado pela administração municipal. A previsão inicial de arrecadação para 2024 era de R$ 6,8 bilhões, mas o município arrecadou apenas R$ 5,2 bilhões até agora. A estimativa atualizada é fechar o ano entre R$ 5,7 bilhões e R$ 5,8 bilhões, déficit próximo de R$ 1 bilhão em relação ao que estava previsto.
Para tentar equilibrar as contas, o Executivo adotou medidas de contenção, entre elas, redução de carga horária e ajustes na folha. “Nossa expectativa de economia mensal é em torno de 10 milhões de reais. Mas ainda é pouco, ainda é pouco. Estamos também diminuindo, inclusive, o salário. Tivemos redução da carga horária justamente para adaptar e não prejudicar aquele servidor que, de repente, teria o salário reduzido”, afirmou Hokama.
Com o aporte total de R$ 25 milhões e a retomada imediata dos serviços, a Prefeitura espera normalizar gradualmente a manutenção viária, considerada crucial neste período de chuvas intensas em Campo Grande.
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