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Capital

Católicos se concentram na Praça do Rádio para caminhar contra o aborto

Mobilização ocorre em todo o Brasil para chamar atenção do STF, que deve julgar ação relacionada ao tema

Por Cassia Modena e Idaicy Solano | 08/10/2023 10:09
Católicos se concentram na Praça do Rádio para caminhar contra o aborto
Participantes começaram a chegar às 9h (Foto: Marcos Maluf)

Uma hora antes do início, católicos se concentravam na Praça do Rádio para participar da "Caminhada Pró-vida" pelas ruas do Centro de Campo Grande neste domingo (8). A mobilização é nacional e organizada pela Igreja Católica para levantar bandeira contrária à ação que será julgada por ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Evangélicos e pessoas de outras religiões, além das que não as seguem, foram convidados a participar, desde que tenham o mesmo ponto de vista. A saída está marcada para as 10h.

"É uma caminhada não só da Igreja Católica, mas também das evangélicas, por exemplo, que muitos pastores aderiram. Nós estamos contentes. Essa é uma reação linda de todo o Brasil para o atual presidente do STF engavetar esse processo", disse à reportagem o arcebispo emérito de Campo Grande, Dom Vitório Pavanello.

Católicos se concentram na Praça do Rádio para caminhar contra o aborto
Arcebispo Dom Vitório (Foto: Marcos Maluf)

Os manifestantes começam a caminhar às 10h. Eles vão descer da praça até a Rua Barão do Rio Branco; acessar Rua Bahia; andar por um trecho da Rua da Paz; pegar a Rua Dom Aquino; subir até a Rua Pedro Celestino; e voltar para a Rua Barão do Rio Branco. A Agetran (Agência Municipal de Trânsito) não incluiu as vias no aviso de interdições para este fim de semana.

Opiniões - Michele Giongo é presidente da Rede Sul-mato-grossense em Defesa da Vida e da Família e organiza o ato na Capital. Além disso, ressalta ser mãe adotiva de quatro crianças.

Ela considera a ação em trâmite no STF quanto ao aborto "muito perigosa" e fala por todos os membros da entidade. "Nós queremos que o Estatuto do Nascituro seja aprovado para que a vida seja protegida desde o ventre das mães, nós queremos que a ação que o STF vai votar não seja aprovada porque não trata somente do aborto, mas do valor da dignidade humana", diz.

Católicos se concentram na Praça do Rádio para caminhar contra o aborto
Michele Giongo (Foto: Marcos Maluf)

A psicóloga Cassy Monteiro, 24, também chegou mais cedo e comentou. "Essa caminhada está sendo uma resposta ao momento que estamos vivendo no Brasil, que é pautada a descriminalização do aborto. É uma pauta que a maioria dos brasileiros não é a favor", defende.

Aline Moreira, 39, é fundadora e diretora do colégio Nossa Senhora das Graças e também participa. "As igrejas estão atendendo a pedido do arcebispo Dom Dimas para fazer esse manifesto a favor da vida, que acontece desde a concepção até o seu fim natural. Cada vez mais existe uma luta muito séria e espiritual para favorecer a luta contra o aborto", disse.

"Nós católicos estamos percebendo a luta e não podemos ficar de braços cruzados. Na qualidade de católicos, temos a obrigação de fazer esse apostolado pela vida", finalizou Aline.

Católicos se concentram na Praça do Rádio para caminhar contra o aborto
Ana Carolina de Moraes (Foto: Marcos Maluf)

A nutricionista Ana Carolina de Moraes, 28, fez apelo. "Que as pessoas coloquem mais a mão na consciência e percebam que a vida importa. Quando a gente escolhe matar, a gente não está escolhendo o caminho de Deus. Maria deu a vida a Jesus mesmo diante de todos os julgamentos. Então, se você não quer a criança, você a entrega para a adoção", disse.

No STF - Uma ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental) que pede a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação foi desengavetada na Suprema Corte pela ex-ministra Rosa Weber, e recebeu voto favorável dela.

Agora, a ação aguarda o retorno de um pedido de vistas do novo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, para voltar a julgamento.

O processo é de 2017 e foi proposto pelo PSOL. O pedido dele é que o Supremo declare que dois artigos do Código Penal, o 124 e 126, que tratam do aborto consentido pela mulher, sejam declarados incompatíveis com a Constituição Federal e, portanto, retirados da lei.

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