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Capital

Cidema apresenta proposta de tecnologia inovadora para acabar com lixões em MS

Antonio Marques | 29/04/2015 20:22
O projeto inovador pretende acabar com a poluição do meio ambiente e fazer o lixo gerar renda (Foto: Divulgação)
O projeto inovador pretende acabar com a poluição do meio ambiente e fazer o lixo gerar renda (Foto: Divulgação)

O Cidema, Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias dos Rios Miranda e Apa, apresenta nesta quinta-feira, (30), às 8h, no auditório do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, uma tecnologia inovadora para o destino do lixo urbano, problema sério enfrentado pelos municípios sul-matogrossenses.

A proposta será apresentada pelos pesquisadores Célio Salles, inventor do projeto, e o professor Osvaldo Joaquim dos Santos, da Universidade Estadual de Maringá, no Seminário Sobre Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e Sistema de Carbonização, e vai mostrar uma alternativa viável para o gerenciamento de todo o material que hoje é destinado aos “lixões” e aterros sanitários.

Conforme Célio Salles, com essa tecnologia é possível aproveitar 100% do material descartado no lixo, sendo que 20% passa a ser reciclável (gerando valor); 40%, matéria orgânica (vira adubo); 30% é rejeito e passa por processo de carbonização; e 10% se perde ao longo do processo, que ainda gera energia. “Com isso é possível acabar com os lixões e aterros sanitários e é rentável para as prefeituras”, destacou.

O presidente do Cidema e prefeito de Porto Murtinho, Heitor Miranda dos Santos (PT), disse que o Consórcio, em parceria com o Imasul, está realizando os planos municipais de saneamento básico e manejo de resíduos sólidos nos municípios consorciados. Dos 22 que integram o Cidema, apenas sete está com seus planos já adiantados. Nas outras 15 cidades, o plano está em elaboração, com técnicos realizando os diagnósticos dos problemas para a destinação do lixo. “Esse projeto é revolucionário, uma vez que resolver de vez esse grave problema que as prefeituras enfrentam hoje, principalmente na região do Pantanal”, afirmou.

Heitor observou a importância da união das prefeituras das cidades menores, de forma que sejam construídas usinas regionais e disse que já existem outros consórcios do Estado interessados no projeto, uma vez a legislação nacional exige dos municípios brasileiros um Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que apresente um sistema sustentável do descarte do lixo.

Conforme Célio Salles, uma usina para uma população de 100 mil habitantes, que descarta cerca de 80 toneladas de resíduos por dia, com sistema de carbonização ficaria pronta em seis meses. Esse tempo aumentaria para um ano, se agregar a parte para geração de energia.

Para o presidente do Cidema, as prefeituras podem se unir para elaboração de licitação para empresas que tenham interesse em explorar os serviços. “Vai gerar renda, emprego, energia e acabar com o impacto ambiental que existe hoje”, ressaltou Heitor Miranda.

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