Cigcoe apreende bomba e afirma que família correu risco por 15 anos
Policiais da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) apreenderam o artefato militar encontrado por uma moradora da rua Cinco, no bairro Nova Campo Grande, na Capital. A bala de canhão foi achada há 15 anos durante a escavação de uma fossa e desde então estava em poder da família.
Durante todo esse tempo, os moradores correram risco, alertaram os policiais.
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Eles chegaram ao local por volta das 17 horas, retiraram os moradores de dentro da casa e isolaram a área. Os PMs seguiram à risca o procedimento internacional determinado pela ONU (Organização das Nações Unidas). O artefato foi recolhido e colocado em uma caixa preta.
O subcomandante da Cigcoe, major Vagner Ferreira da Silva, explica que a família corria o risco com o artefato dentro da casa. Segundo ele, a munição tem raio de letalidade de 20 metros. “Pois a explosão é uma substância química e não dá para avaliar em que situação estava esse explosivo, já que tomou sol, chuva e já foi manuseado”, disse.
Conforme o major, o próximo procedimento é rastrear a munição a fim de identificá-la e depois neutralizá-la. “È uma peça de artilharia e o sistema de ignição está intacto. Pode ser que tenha falhado ou alguém tenha pego e retirado o explosivo”, explicou.
De acordo com o subcomandante, o artefato é muito antigo e não foi localizado nos catálogos internacionais de munição. Uma reunião com Exército será realizada para tentar identificar do que se trata.
A dona de casa Jerusa Pereira dos Santos, de 40 anos, que encontrou o artefato, disse que desde que ficou sabendo que se tratava de um explosivo, ficou bastante preocupada, a ponto de mandar a filha para a casa da irmã. “Hoje vou dormir sossegada”, disse aliviada.
O caso veio à tona quando por volta das 11 horas de sábado, o operário José Ronaldo de Souza Ferreira, 26 anos, encontrou outro artefato durante uma escavação. Ele disse que como não sabia o que era, lavou o artefato e mostrou para outros funcionários da obra.
“Fui e lavei. Não sabia o que era. Fiquei desfilando com ela não mão”, relatou. O explosivo foi detonado no próprio terreno, ainda no sábado.