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Capital

Com 100 mil novas casas em 10 anos, Campo Grande vê “boom” imobiliário

Fabiano Arruda | 26/08/2011 08:01

Setor constata maior aquecimento nos últimos 3 anos e deve ter 15 mil novas residências por ano

Imóveis registram valorização em todas as regiões da Capital, aponta sindicato. (Foto: João Garrigó)
Imóveis registram valorização em todas as regiões da Capital, aponta sindicato. (Foto: João Garrigó)

Ao completar 112 anos, Campo Grande registra 283.333 domicílios, segundo estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) até o ano passado. O número representa expansão de 97.758 residências na última década.

O crescimento se iniciou de forma mais incisiva há três anos com a criação do Programa Minha Casa Minha Vida do governo federal.

Na carona do “boom” imobiliário, Campo Grande tem pelo menos 1,7 mil corretores de imóveis, segundo dados do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis).

Os bons ventos devem fazer surgirem quase 10 mil casas até janeiro do ano que vem. A previsão é que nos próximos três anos sejam construídas pelo menos 15 mil residências por ano, segundo o presidente do Sinduscon-MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo.

Conforme Amarildo, os números de crescimento "são muito maiores" que os 100 mil novos domicílios na última década apontados pelo IBGE.

“Tem muita gente investindo que fica de fora das estatísticas. Médicos, engenheiros, advogados. Este mercado é muito impreciso por conta disto”, explica, criticando ainda a questão da informalidade do no setor. “Você não tem como manter um controle de qualidade”.

Para ele são dois entre os diversos fatores que contribuem para o aquecimento imobiliário na Capital. Um deles é o crescimento da cidade, que oferece interligações em vários pontos do município e propicia benefícios como menos tempo de deslocamento. O outro é a chegada de empresas que aumentam a concorrência.

Imóveis em certas regiões da cidade quadriplicaram de valor. No bairro Noroeste, por exemplo, há dois ou três anos, um terreno era comercializado por R$ 4 mil. Hoje custa em média R$ 20 mil”, diz o presidente do sindicato.

Na opinião de Melo, o único “malefício” da expansão do setor é que o preço dos imóveis valorizou: ao mesmo tempo em que beneficia o proprietário, prejudica o mutuário de baixa renda que vê preços cada vez mais caros.

“Os imóveis da cidade estão altos de ponta a ponta. Algumas regiões mais, outras menos. É difícil hoje achar algum imóvel por menos de R$ 40 mil”, opinou.

Do lado positivo, a concorrência entre grandes empresas, para Amarildo, beneficia o mutuário e oferece mais opções para os consumidores.

Ele acredita que o mercado esteja num momento de estabilidade e não deva se aquecer mais. “A construção civil é o setor que mais vai crescer no País”, pontuou.

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