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Capital

Com denúncia até de “Big Brother”, Justiça tenta paz entre vizinhos no Damha

Na berlinda, empresário que tem pedido de expulsão pede indenização a casal de vizinhos

Aline dos Santos | 02/09/2020 12:04
Justiça fará audiência de conciliação no dia 17 de setembro com moradores do Damha 3. (Foto: Henrique Kawaminami)
Justiça fará audiência de conciliação no dia 17 de setembro com moradores do Damha 3. (Foto: Henrique Kawaminami)

A Justiça vai tentar conciliação entre vizinhos do residencial Damha 3, o condomínio de luxo reduto de políticos, empresários, delegados,  promotores e também de confusão em Campo Grande.

Na videoconferência, marcada para o próximo dia 17, o juiz da 14ª Vara Cível vai tentar selar a paz em processo de direito de vizinhança, com denúncia até de “Big Brother”.

O autor é o empresário Aloisyo José Campelo Coutinho, que está em projeção no noticiário desde o mês passado, quando chegou a ser preso por promover festa em casa, no Residencial Damha 3,  pagou fiança de R$ 200 mil e tem até pedido na Justiça para ser expulso do condomínio.

Mas na ação que teve sessão de conciliação marcada, é ele, morador no residencial desde junho de 2019, que acusa os vizinhos, um professor e uma médica. Ele relata que em denúncia do casal sobre som alto, teve a conduta comparada a de um estupro e foi chamado de “maníaco, desajustado e repugnante”.

No mês de abril, a vizinha direcionou jato de mangueira em direção ao seu imóvel, onde estava com visitas. “Não se contentando com sua caçada ao requerente, os requeridos chegaram ao cúmulo (pasme) de instalar uma câmera de filmagem direcionada à piscina/área de lazer e parte dos quartos do imóvel do requerente, situação essa que extrapola qualquer limite de civilidade”, diz a defesa do empresário.

Câmera que motivou discórdia entre vizinhos em condomínio de luxo.
Câmera que motivou discórdia entre vizinhos em condomínio de luxo.

A ação pede a retirada da câmera, retratação dos vizinhos na ata de registro da associação de moradores, indenização de R$ 30 mil, além dos custeios do processo e do honorários advocatícios, que elevam o valor da ação para R$ 50 mil.

No mês de maio, a Justiça ordenou a desinstalação da câmera de monitoramento voltada para o interior do imóvel do empresário. A defesa do casal anexou documentos e informou que a decisão para retirada do dispositivo foi cumprida, apesar de a câmera não ter sido instalada para invadir privacidade.

O advogado Julião Charão de Siqueira Junior, que representa o casal, revela descrédito em qualquer tentativa de entendimento. “Acho difícil porque essa ação é meio que uma retaliação dele contra moradores que estavam denunciando o que ele vinha fazendo. Mas acredito que para os meus clientes não haveria tanto problema em fazer acordo”, afirma. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do empresário.

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