Com namorado internado em clínica, inquérito de morte de professora é prorrogado

Como o namorado da professora Anderci da Silva, que morreu no dia 22 de março, no Hospital da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul), está internado desde o dia 19 do mês passado em clínica de recuperação para dependentes químicos, o delegado da 2ª Delegacia de Polícia Civil, Enilton Zalla, pediu prorrogação de prazo para encerrar o inquérito.

O homem, de 26 anos, já admitiu em depoimento anterior, ocorrido no dia 9 de março, ter sido ele a pessoa que levou a mulher ferida para o hospital. Segundo a autoridade policial, o resultado da perícia feita pelo Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) no carro usado pelo companheiro de Anderci para levá-la à unidade de saúde, ainda não ficou pronta. O delegado ainda quer ouvir novamente o namorado da professora e identificar a vítima do suposto roubo cometido pelo casal. “Isso é muito importante para o desfecho”.

Caso - Pela versão contada pelo namorado, até então tratado como testemunha, o tiro contra Anderci foi disparado de fora do carro dela, um Voyage, durante fuga de crime cometido pelo casal. Ela tinha 44 anos e havia se mudado de Dourados, onde era concursada, para viver com ele em Campo Grande. Segundo ele, ambos haviam comprado entorpecentes para consumir juntos. Acabou a droga, mas ficou o valor a pagar, disse na delegacia.

Veio, então, a decisão de cometer um roubo. A vítima, afirmou o rapaz, foi um ciclista, atacado em rua do Bairro Monte Castelo. O casal se preparava para levar a bicicleta, possivelmente para venda, quando apareceu um motociclista e disparou contra o carro onde estavam, o Voyage de Anderci.  Ainda assim, continuaram o trajeto. Em dado momento, ela avisou sobre estar ferida. O namorado, então, decidiu levá-la para o hospital, mas não acompanhou sequer os trâmites de internação. Foram os funcionários do estabelecimento que acionaram as forças policiais.