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Capital

Com umidade em 14% quinta-feira foi de “fogo” em terrenos baldios

Paula Maciulevicius | 08/09/2011 20:05

Sem chuva rápida, Capital registrou grande número de incêndios que precisaram de todo suporte dos bombeiros

Baixa umidade do ar aliada à falta de chuvas significativas transformam cenário da Capital em cinzas. (Foto: João Garrigó)
Baixa umidade do ar aliada à falta de chuvas significativas transformam cenário da Capital em cinzas. (Foto: João Garrigó)

O incômodo da fumaça, fuligem, arder dos olhos e a dificuldade de respirar já são costumeiros nessa época do ano para a dona-de-casa Natalina Gomes Verão, de 28 anos. Moradora do Jardim Colibri, próximo a nova rodoviária, ela vê o terreno baldio ao lado de casa como inimigo e a umidade relativa do ar em baixa, como “cúmplice” das chamas.

O índice na Capital chegou a 14% e nenhuma gota de chuva durante esta quinta-feira. A previsão é de que a temperatura tenha um leve declínio para amanhã e possa ficar em 24°C, no máximo.

“A gente fica até sem respirar. Se o vento está para esse lado, a fumaça e essa poeirinha preta vem tudo para dentro de casa”, conta.

Mãe de um bebê de apenas 3 meses, a preocupação é com o bem estar da família. “Eu preciso colocar e trocar o balde de água toda hora, por causa do fumaceiro”, acrescenta.

A vasta área pega a rua Barão de Itapetininga e Avenida Guaicurus. Os moradores relatam que com o mato alto, o fogo é ainda pior.

Olhando o que restou das chamas, uma moradora pede pela chuva, mas que seja uma de grande porte.

“Vocês tinham que ver, era uma coisa de parecia tiroteio. Eu escutei um estalo, quando vim ver, era o fogo já. As chamas iam até lá em cima”, descreve a auxiliar de pet shop Jane Rodrigues Roldão, de 38 anos.

Motociclista precisou de atenção na hora de passar por foco de queimada no Cidade Jardim. (Foto: João Garrigó)
Motociclista precisou de atenção na hora de passar por foco de queimada no Cidade Jardim. (Foto: João Garrigó)
Moradora relata que sobrinho precisou fazer inalação por conta da fumaça. (Foto: João Garrigó)
Moradora relata que sobrinho precisou fazer inalação por conta da fumaça. (Foto: João Garrigó)

O mal estar foi tanto que o sobrinho que sofre de rinite alérgica precisou até fazer inalação. “É esse tempo seco”, justifica.

E não foi só na região próxima a BR-163 que o fogo pegou. Na rua Wilson da Luz, no bairro Cidade Jardim, na direção da BR-262, o incêndio atingiu um galpão. Queimou o mato e até parte de um maquinário abandonado.

A fumaça chamou e também exigiu atenção maior do motociclista que passava pela rua. Mesmo depois das chamas contidas, os focos teimosos, ainda permaneciam.

Somente até a tarde desta quinta-feira, o Corpo de Bombeiros registrou nove chamados de incêndios em vegetação, tanto na área urbana, quanto na área rural de Campo Grande.

Para atender as ocorrências, todas as viaturas de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros mais as viaturas do Grupo de Combate a Incêndios Florestais estiveram empenhadas para dar conta de tanta ocorrência. Ao todo, foram sete veículos e 26 homens.

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