Comerciante sequestra ex, tranca em casa e a espanca por 24h com porrete
Foi o filho do casal de 12 anos que mandou mensagem para uma parente pedindo que a polícia fosse acionada
O comerciante José Cavalcante de Oliveira, 31 anos, foi preso por suspeita de agredir a ex-mulher enquanto a mantinha em cárcere privado, no Conjunto Residencial Mata do Jacinto. Foi o filho do casal de 12 anos que mandou mensagem para uma parente pedindo que acionasse a polícia com urgência. José foi preso em flagrante na última sexta-feira (17) e passará por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (22) para definir se ficará preso.
Conforme o autor de prisão em flagrante, testemunha de 26 anos, prima da vítima, contou que por volta das 17h recebeu mensagem do filho do casal de 12 anos pedindo por socorro. O texto dizia que o autor tentava matar a mãe dele, que ela estava com a perna machucada e trancada dentro da residência. Desesperada, a prima acionou a PM e foi para a casa do autor. Ao chegar no local, José já havia sido detido pela equipe policial.
A vítima apresentava vários ferimentos em uma das pernas, na testa e na boca devido às agressões. Ela contou ainda que saía do trabalho, por volta das 22h de quinta-feira (16), quando se deparou com o ex a esperando. Armado, ele a obrigou entrar dentro do carro e a levou para a casa dele.
Lá, José quebrou o celular dela e dela para que a vítima não mantivesse contato com ninguém do lado de fora. Durante o período de cárcere, por quase 24h, a mulher foi agredida com pedaço de porrete e ameaçada por diversas vezes de morte. Muito machucada, a vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros para o CRS (Centro Regional de Saúde) do Tiradentes.
Indagado, o autor negou o crime. Relatando que há três meses mantém relacionamento instável com a ex, pois terminam e reatam. Contou que há dias a vítima estava em sua casa, que fica nos fundos de um comércio. Que era consensual a permanência dela no imóvel. Questionado sobre os ferimentos que ela aparentava, afirmou que a mulher se lesionou ao bater o joelho em um móvel.
O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) como sequestro e cárcere privado, lesão corporal, ameaça e por descumprir decisão judicial de medida protetiva.
