Compras de última hora dão fôlego para comerciantes no centro da cidade

O comércio de Campo Grande registra aumento de movimento na véspera de Natal, com consumidores aproveitando os últimos dias para garantir presentes e produtos da ceia. Os comerciantes estão otimistas com o fluxo de clientes que deixaram para a última hora, principalmente em setores como açougues, peixarias e frutarias e destacam que o aumento é esperado nessa época do ano.

No Mercadão Municipal, no Centro da cidade, 3,5 mil carros passaram pelo local nesta terça-feira (23), apenas 100 a menos que na segunda-feira, quando o número chegou a 3,6 mil. Hoje, o mercado funciona até as 14h, e amanhã estará fechado.

Joãozinho Tonim, de 62 anos, conhecido no Mercadão como Gaúcho e proprietário de uma frutaria, explicou que a procura por frutas aumenta nos últimos dias do ano. "Como frutas são perecíveis e tem gente que não tem condições de armazenar em casa, elas acabam perdendo a qualidade, então deixam para a última hora para comprar. A procura maior é por frutas como caroço, como pêssego, ameixas e uvas, que são as mais tradicionais", disse.

No açougue, Ronald Kanashiro comentou que o movimento está dentro da média anual. "O aumento acontece mesmo dois ou três dias antes, então é normal que tenha mais gente deixando para fazer as compras de última hora", afirmou.

Na peixaria, Cleuber Linares destacou que o Natal registra movimento próximo ao de um sábado ou domingo, mas que o maior pico de vendas ocorre no Ano Novo. "Algumas pessoas têm tradição de comer peixe. No Natal, o pessoal vai no porco e ave, mas muita gente tem consumido peixe. O movimento está um pouquinho melhor do que do ano passado. Ainda estamos recebendo encomendas até as 14h. Mas depende tudo do limite que chegarmos", explicou.

No Camelódromo, a movimentação varia entre os comerciantes. Adriano Elder, de 39 anos, dono de um box de camisas de time e roupas esportivas, disse que o movimento não atingiu suas expectativas. "Essa semana até melhorou um pouco, mas ainda está próximo do que esperava. Outubro e novembro vende menos, então a expectativa é sempre para dezembro. Mesmo assim, este ano está mais lento", comentou.

Já Lenir Severino, de 59 anos, proprietária de um box de brinquedos, percebeu um aumento no fluxo. "Aqui aumentou muito o movimento, mas eu fiz por onde aumentar. Investi em lâmpada para deixar a loja mais clara e outros itens para chamar a atenção. Estou aqui há 27 anos e senti que este ano aumentou bastante, foi melhor do que todos os anos. Os atrasados continuam vindo nos dias 26 e 27, mas aí o movimento cai. Nos últimos dois dias cheguei a atender 800 vendas", contou.

No comércio do 14 de Julho, clientes relataram que o movimento está tranquilo mesmo na véspera do Natal. Inez Cristina Rocha, contadora de 50 anos, chegou ao centro às 8h e estava indo embora pouco antes das 11h. "Vim comprar presentes, deixei para hoje por conta do trabalho. Os presentes são para os filhos, meu marido e também para o amigo secreto da família. Cheguei cedo, então não peguei tanto tumulto, mas achei que estava tranquilo. Pensei que estaria pior", afirmou.

Fernando dos Santos, vendedor em uma loja de produtos geek, notou aumento na procura por presentes. "Hoje parece ter aumentado bastante, o pessoal deixou tudo para última hora, acho que aumentou uns 50%. É esperado que fique assim até o final do dia. Segunda a terça também teve um pico de movimento e notei que os clientes estão procurando produtos específicos", disse.

Entre os consumidores, Marluce Fernandes, cabeleireira de 54 anos, comentou que comprou lembrancinhas para os funcionários na Cacau Show. "Acabei deixando para a véspera por conta da correria do trabalho, mas achei que estava bem tranquilo. Foi uma surpresa. Até no meu salão o movimento não foi tão intenso este ano", disse.

Cristiane Ferreira, pensionista de 49 anos, também estava comprando presentes para a família e amigo secreto. "Os preços estão um pouco salgados, mas ainda dá para comprar. Vim preparada para enfrentar fila, mas não estou vendo muita fila aqui. Está bem calmo mesmo, foi uma surpresa boa. Vou comprar as coisas da ceia hoje à tarde", afirmou.

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