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Capital

Concorrido, bolo de Santo Antônio tem números grandiosos na receita

Lidiane Kober e Zana Zaidam | 12/06/2014 17:56
De 16 metros, bolo de Santo Antônio começou a ser montado na tarde de hoje (Foto: Marcelo Vitor)
De 16 metros, bolo de Santo Antônio começou a ser montado na tarde de hoje (Foto: Marcelo Vitor)

Concorrido por prometer um bom casamento, o bolo de Santo Antônio tem números grandiosos na receita e os preparativos começam um mês antes. Tudo inicia com a arrecadação dos ingredientes, que são doados pelos fieis.

Uma semana antes do dia 13, oito pessoas começam a preparar a massa. São necessárias 250 formas. Gerente da produção da doceria Doces Momentos, que pelo segundo ano consecutivo faz o bolo, Erlenice Mc Phee, contou que a base é congelada.

Hoje (12), véspera do dia de Santo Antônio, um grupo de colaboradores se reuniu no Salão Paroquial para montar o bolo e decorá-lo. Em cima, um espécie de quebra-cabeça, feito com papel de arroz (comestível), resultará nas imagens do santo, da Nossa Senhora da Abadia e dos vitrais da igreja.

“É um trabalho muito minucioso, se colocar algo errado, é preciso trazer outra imagem”, comentou a coordenadora do bolo, Selma Chaebo.

Segundo Mc Phee, para montar o bolo de 16 metros e 1,65 metro de altura, são necessários 500 kg de farinha, 500 kg de açúcar, 8 mil ovos, 250 kg de doce de leite, 30 kg de coco em flocos, 230 kg de doce de ameixa e 120 litros de chantilly.

A previsão é render 8 mil fatias do bolo. Os pedaços serão comercializados a R$ 3, a partir das 7 horas desta sexta-feira. “Vale chegar antes para garantir a sua fatia”, aconselhou.

No bolo, será espalhado um cobiçado par de alianças de ouro, outras 600 alianças estarão no recheio – 200 a mais do que ano passado, o que equivale a mais chances para os devotos que apostam na fama de que quem encontra o prêmio terá namoro ou casamento garantido e dos bons.

Para garantir sigilo na posição das alianças, o pároco da Paróquia Santo Antônio, padre Odair Costa se fecha no salão paroquial para benzer os anéis e espalhá-los entre o bolo.

Procissão – Também no dia 13, às 16 horas, a Travessa Lídia Baís, entre as ruas 15 e 7 de Setembro, estará interditada para a Missa Campal, onde haverá a bênção do pão de Santo Antônio, em alusão ao milagre da multiplicação dos pães, realizado quando o santo era frade franciscano.

Às 17 horas, os fieis saem em procissão, que segue pelo quadrilátero da rua 7 de setembro, passa pela 14 de Julho e termina na 15 de Novembro.

Mais tarde, às 19 horas, a festa Junina toma conta da paróquia de Santo Antônio, com quermesse, quadrilha e apresentação do grupo católico São Bento e a dupla sertaneja Marcos e Adriano, também na travessa Lídia Baís. No sábado, a animação fica por conta das duplas Carla e Junior e Ramiro e Rafael.

Santo Antônio - A tradição de que Santo Antônio é casamenteiro surgiu no século X em Lisboa, onde o santo viveu e, segundo a história, fez o casamento de uma jovem pobre, sem dote, com um rapaz rico. Na época, um decreto exigia o pagamento de bens à família da noiva.

Em Campo Grande, o santo virou padroeiro porque em 1879, o fundador da cidade, o mineiro José Antônio Pereira, construiu uma capela de madeira para agradecer uma graça concedia. A igreja, onde hoje é a matriz, foi inaugurada anos depois, no final da década de 70.

Na paróquia está a estátua de Santo Antonio, obra de 1922 que fazia parte do acervo de imagens do antigo templo. Quando o Papa João Paulo II veio à Campo Grande, a estátua foi reinaugurada e fixada no jardim.

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