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Capital

Condenado por matar delegado é suspeito de execução de estudante

Ontem de manhã (17), policiais do Garras cumpriram mandado de busca na casa do ex-guarda municipal José Moreira Freires

Viviane Oliveira, Geisy Garnes e Mirian Machado | 18/07/2019 12:18
José Moreira durante julgamento em agosto do ano passado (Foto: arquivo/Campo Grande News)
José Moreira durante julgamento em agosto do ano passado (Foto: arquivo/Campo Grande News)

O ex-guarda municipal José Moreira Freires, 45 anos, condenado a 18 anos e seis meses de prisão pela morte do delegado Paulo Magalhães, no dia 25 de junho de 2013, pode estar envolvido com outros casos de pistolagem em Campo Grande. Ele é investigado por participação na execução do estudante de Direito, Matheus Coutinho Xavier, 20 anos.

Ontem de manhã (17), policiais do Garras (Delegacia Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) cumpriram mandado de busca e apreensão na casa dele, no Jardim Colibri, e em outros dois endereços, nas Moreninhas e na Avenida Bandeirantes no Bairro Amambaí. Nos locais foram apreendidos celulares e dois arreadores (bastão de choque usado no manejo de gado).

A investigação realizada por uma força-tarefa criada pela Polícia Civil corre em segredo de Justiça. Porém, o Campo Grande News apurou que o ex-guarda também é investigado pela morte de Ilson Martins de Figueiredo (policial militar reformado e então chefe da segurança da Assembleia Legislativa) e Orlando da Silva Fernandes (ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat). Os dois homens e Matheus foram mortos com fuzil AK47.

José Moreira foi condenado no dia 15 de agosto do ano passado, mas recorre da sentença em liberdade por força de habeas corpus da 2ª Câmara Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). No mês passado, o MPE (Ministério Público Estadual) pediu a prisão dele por descumprir uma das medidas cautelares - a de não comparecimento mensal em juízo. A Justiça ainda não avaliou o pedido.

Arsenal apreendido com o Guarda Municipal Marcelo Rios (Foto: Clayton Neves)
Arsenal apreendido com o Guarda Municipal Marcelo Rios (Foto: Clayton Neves)

Caso - Matheus foi morto com sete tiros de fuzil no dia 9 de abril enquanto manobrava a caminhonete do pai, no Jardim Bela Vista. Um homem chegou a ser interrogado, confessou que havia sido contratado para monitorar em tempo real o capitão reformado da Polícia Militar Paulo Xavier, pai de Matheus, que seria o verdadeiro alvo dos bandidos. Esse homem, que não teve identidade divulgada, foi liberado.

O uso de armamento pesado é conexão entre os crimes de pistolagem. No dia 19 de maio, o guarda municipal Marcelo Rios, foi preso com um arsenal (dois fuzis modelo AK 47 calibre 76, quatro fuzis calibre 556, uma espingarda calibre 12, uma espingarda calibre 22, 17 pistolas, um revólver calibre 357 e várias munições (15 calibre 762, 392 calibre 762/39 – de AK 47 – 152 calibre 556, 115 calibre 12, 539 munições calibre 9 mm, 37 calibre .40 e 12 calibre 45).

Ao denunciar o guarda à Justiça pela posse as armas, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), apontou que "não passa despercebido que várias das execuções ocorridas recentemente em Campo Grande foram perpetradas com fuzis calibre .762 (...) apreendido em poder do denunciado". Atualmente, Marcelo está no presídio federal de Mossoró (RN).

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