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Capital

Pen drive de guarda flagrado com arsenal tinha dossiê sobre fazendeiro

Ele está preso na penitenciária federal de Campo Grande, mas deve ser transferido para o presídio de Mossoró

Aline dos Santos | 06/07/2019 17:18
Marcelo Rios (ao fundo)  está preso desde 19 de maio, quando foi flagrado com arsenal. (Foto: Henrique Kawaminami)
Marcelo Rios (ao fundo) está preso desde 19 de maio, quando foi flagrado com arsenal. (Foto: Henrique Kawaminami)

A perícia no pen drive apreendido com o guarda municipal Marcelo Rios, flagrado com um arsenal no dia 19 de maio, revelou arquivos com devassa sobre a vida de um fazendeiro da região de Bonito. Imagens mostram pesquisa por meio de consulta ao Renach (Registro Nacional de Carteira de Habilitação), Receita Federal e Sinic (Sistema de Informações Criminais).

O laudo do Instituto de Criminalística foi anexado ao processo em que Rios é réu pela posse de arsenal e adulteração de veículo roubado. Atualmente, ele está preso na penitenciária federal de Campo Grande, mas deve ser transferido para o presídio federal de Mossoró (Rio Grande do Norte).

Ao denunciar o guarda à Justiça pela posse as armas, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), apontou que "não passa despercebido que várias das execuções ocorridas recentemente em Campo Grande foram perpetradas com fuzis calibre .762, que é uns dos apreendidos em poder do denunciado".

Foram três mortes com fuzil AK47: Ilson Martins de Figueiredo (policial militar reformado e então chefe da segurança da Assembleia Legislativa), Orlando da Silva Fernandes (ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat) e universitário Matheus Coutinho Xavier (a suspeita é de que o alvo fosse seu pai, um policial militar reformado).

Pen drive apreendido com guarda passou por perícia no Instituto de Criminalística. (Foto: Reprodução)
Pen drive apreendido com guarda passou por perícia no Instituto de Criminalística. (Foto: Reprodução)

O armamento e as munições foram remetidos à Polícia Federal para exames de eficiência, coleta de material genético, levantamento de impressão papiloscópica e confronto com os estojos e projéteis recolhidos nos locais das execuções.

O levantamento técnico inclui busca por material genético (suor, cabelo) em todas as armas, munições, bandoleiras (faixa transversal que segura o fuzil), mochila e bolsas táticas apreendidas. O material foi enviado pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), que lidera força-tarefa criada pela Polícia Civil para apurar as execuções.

Dias após a prisão de Marcelo Rios, mais dois guardas municipais, que também eram seguranças do empresário, foram presos por ameaça a testemunhas. Os dois guardas já estão em liberdade, mas foram afastados da função.

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